Economia

STF mantém crédito extraordinário de R$ 42,5 bi para União

Uma vez que o Congresso ainda não votou o Orçamento da União, o ministro decidiu manter o crédito questionado pelo PSDB e pelo DEM


	O ministro do STF, Ricardo Lewandowski: a não concessão do crédito à União poderia acarretar na paralisação de serviços públicos essenciais, considerou o ministro
 (José Cruz/ABr)

O ministro do STF, Ricardo Lewandowski: a não concessão do crédito à União poderia acarretar na paralisação de serviços públicos essenciais, considerou o ministro (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília – O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu hoje (25) manter o crédito extraordinário de R$ 42,5 bilhões aprovado pelo Executivo no final do ano passado. O valor foi estipulado em medida provisória, pois o Congresso Nacional ainda não votou o Orçamento da União de 2013.

O ministro negou liminar em ação de inconstitucionalidade proposta pelo PSDB e pelo DEM na última terça-feira (21). Para Lewandowski, o Estado brasileiro poderia ter sérios prejuízos se o pedido das legendas fosse acatado, ainda que haja motivo para questionamento legal.

"A suspensão do ato poderia causar danos de difícil reparação não apenas ao Estado brasileiro como também para a própria sociedade, que se veria irremediavelmente prejudicada pela paralisação de serviços públicos essenciais, conforme explicitado pelo Executivo", destacou.

Os partidos alegam que a medida provisória foi uma “fraude” e desrespeitou a Constituição porque o Executivo não pode usar o mecanismo para tratar de Orçamento. Também argumentam que créditos extraordinários só podem ser aprovados para gastos imprevisíveis, o que não era o caso. Outro ponto levantado é que a omissão do Legislativo na questão do Orçamento foi uma opção política e que o Executivo não poderia interferir.

A decisão de Lewandowski é provisória e ainda deve passar pelo plenário do STF. Ele decidiu a questão como ministro plantonista no recesso da Suprema Corte. O relator oficial é o ministro Marco Aurélio Mello.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaOrçamento federalSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs