Economia

Stephanes critica ação da Vale em mina de potássio

Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, criticou hoje a mineradora Vale pelo fato de a companhia não explorar todo o potencial da mina de potássio existente em Sergipe. A empresa arrendou a concessão de produção dada pelo governo para a Petrobras. "Isso foi entregue pela Petrobras à então estatal Vale do Rio Doce […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, criticou hoje a mineradora Vale pelo fato de a companhia não explorar todo o potencial da mina de potássio existente em Sergipe. A empresa arrendou a concessão de produção dada pelo governo para a Petrobras. "Isso foi entregue pela Petrobras à então estatal Vale do Rio Doce e, com a privatização, a empresa levou a jazida com ela, mas a Vale manteve apenas a produção em uma das faixas e não vai explorar as outras. Temos que ver como vamos agir em relação ao restante", disse Stephanes, durante audiência pública sobre o tema, que ocorre na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Cláudio Scliar, também entrou nesse debate. "Pode-se dizer que o potássio já está com uma estatal. As duas concessões de alvará e pesquisa com potássio (em Sergipe e Amazonas) são da Petrobras. É o filé mignon daquela área", argumentou.

Stephanes lembrou que, inicialmente, os estudos indicavam que o Brasil não tinha potássio ou não tinha condições de explorar o minério que é sua matéria-prima. "Esta foi a primeira impressão. Mas, ao final, vimos vários pontos a serem equacionados, como a jazidas de Sergipe", disse. Ele explicou que há mais empresas fazendo pesquisa em direção ao mar em áreas rasas e que a Petrobras encontrou novas ocorrências de minério no litoral. "Precisamos de mais pesquisa e mais dimensionamento, pois tudo indica que nessa região teremos ocorrências suficientes em termos de jazidas", disse.

O ministro voltou a dizer que a mina de potássio do Amazonas é tida como a terceira maior do mundo, atrás de jazidas localizadas na Rússia e no Canadá.

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