Economia

Startups do setor financeiro não serão reguladas em demasia, diz Goldfajn

Presidente do Banco Central defendeu inovação e informou que fintechs serão discutidas em audiência pública neste mês

Goldfajn: "Temos adotado uma postura de deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário" (Adriano Machado/Reuters)

Goldfajn: "Temos adotado uma postura de deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário" (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de abril de 2018 às 16h31.

Última atualização em 13 de abril de 2018 às 16h32.

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse hoje (13) que as fintechs (startups de tecnologia que atuam no setor financeiro) não sofrerão grande regulação da autoridade bancária. Ele informou que o assunto será debatido em audiência pública neste mês.

"Não pretendemos regular em demasia, apenas regular no momento em que o sistema nos pede para fazer isso", disse Goldfajn, que participou, em São Paulo, da conferência Risco Moral x Risco Sistêmico: O Desafio da Garantia de Depósitos, promovida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Segundo Goldfajn, um grande número de fintechs está entrando no sistema. "É um mercado extremamente vivo", destacou. O presidente do Banco Central destacou que as inovações permitem maior competição no sistema, além do surgimento de soluções adequadas às demandas atuais dos clientes e de novos modelos de negócio, com redução de custos. "Temos adotado uma postura de deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário", acrescentou.

Ao falar sobre o tema da conferência, o Fundo Garantidor de Créditos, Goldfajn disse que a entidade contribui para o aumento da competitividade no sistema bancário. "Além da função principal de contribuir para a estabilidade do sistema financeiro nacional, devemos considerar também que o FGC contribui para o aumento da competitividade, ao oferecer tratamento isonômico para os depósitos segurados pela entidade."

Segundo o Banco Central, o FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência.

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