Economia

SP já movimenta R$ 40 bi por ano com criatividade

A indústria de São Paulo é bilionária e envolve áreas culturais, artísticas e intelectuais que vão do design à arquitetura, passando por informática, moda e cinema

Atualmente, essa faceta de São Paulo já movimenta quase 10% do PIB da capital, segundo a prefeitura (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Atualmente, essa faceta de São Paulo já movimenta quase 10% do PIB da capital, segundo a prefeitura (Pedro Zambarda/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 10h13.

São Paulo - Mesmo com seus 1.522 quilômetros quadrados de área, quase o mesmo tamanho de Hong Kong, a cidade de São Paulo não produz um grão sequer de soja ou milho, petróleo ou algodão, muito menos café ou ferro. Mas produz conhecimento. E informação. São justamente essas "commodities" diferentes e um tanto intangíveis que fazem a capital paulista disputar hoje o posto de uma das principais economias criativas do mundo, ao lado de Nova York, Londres. Barcelona e Berlim.

A indústria criativa envolve áreas culturais, artísticas e intelectuais que vão do design à arquitetura, passando por informática, mercado editorial, artes cênicas, moda e cinema. Atualmente, essa faceta de São Paulo já movimenta R$ 40 bilhões por ano, quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da capital, segundo a prefeitura. E, de acordo com pesquisa inédita encomendada pelo governo para a Fundação do Desenvolvimento Administrativo, a taxa média anual de crescimento do emprego formal no setor alcança os 9,1% - se essa curva ascendente continuar, em menos de uma década a economia criativa paulistana vai chegar ao mesmo patamar de Londres, na Inglaterra, o maior exemplo de como o setor pode reinventar uma cidade.

"Londres teve sua fase decadente e se reinventou depois que começou a apostar em sua indústria criativa", diz o secretário o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra. A cidade inglesa aumentou seu PIB em 25% nos últimos 15 anos apostando em áreas como cinema, teatro e design, além de atrair um número 350% maior de turistas. "Queremos incentivar cada vez mais a economia criativa em São Paulo. Temos o projeto de criar polos tecnológicos no Jaguaré e na zona leste, além de investir em centros de design. É natural que uma megalópole como a nossa aposte nisso. Há até áreas como teatro e shows em que já temos papel de liderança nos rankings mundiais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Artecidades-brasileirasCinemaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEntretenimentoIndicadores econômicosMetrópoles globaisPIBsao-paulo

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE