Economia

Soja ajuda na queda dos preços ao produtor, diz FGV

As carnes bovinas também sinalizam com trégua


	Plantação de soja: o grão ficou 5,04% mais barato em outubro
 (Ty Wright/Bloomberg)

Plantação de soja: o grão ficou 5,04% mais barato em outubro (Ty Wright/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 09h23.

Rio - O recuo intenso nos preços da soja foi responsável por devolver o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ao terreno negativo em outubro, no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10).

As carnes bovinas também sinalizam com trégua, uma vez que o ritmo de aumento está arrefecendo. Esses movimentos levaram o IGP-10 a uma alta de 0,02%, após subir 0,31% em setembro.

O IPA recuou 0,16% em outubro, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). As principais influências vieram das matérias-primas brutas (-0,40%, ante +0,37%).

É neste grupo que está a soja, cujos preços voltaram a cair com força. O grão ficou 5,04% mais barato em outubro, após uma queda bem menor, de 0,58% em setembro.

Além disso, entre as matérias-primas, perderam fôlego bovinos (3,22% para 2,86%) e suínos (9,86% para 5,14%) - mostrando que o ciclo de alta já começa a arrefecer -, além do café (9,04% para 2,08%).

O minério de ferro tem acelerado a passos lentos, mas segue com queda bastante intensa. A taxa passou de -5,42% para -5,27%. Nesta mesma tendência, ganharam força aves (0,08% para 4,11%) e mandioca (5,59% para 10,99%).

Entre os bens finais (0,20% para 0,15%), houve desaceleração no subgrupo alimentos processados (2,05% para 0,41%), cujo principal item são as carnes bovinas já no frigorífico.

O alívio não foi mais intenso, porém, porque algumas hortaliças e legumes voltaram a ficar mais caras no atacado, como foi o caso do tomate (18,75%).

Por fim, os bens intermediários caíram 0,26%, após alta de 0,49% em setembro. Segundo a FGV, todos os subgrupos perderam força na passagem do mês, com destaque para materiais e componentes para a manufatura (0,39% para -0,62%).

O IGP-10 deste mês capturou preços cobrados entre 11 de setembro e 10 de outubro. Com o resultado, o índice acumula altas de 2,04% no ano e 2,93% em 12 meses.

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