Economia

"Sofrimento" alemão continua com queda de encomendas à indústria

Queda na produção continuará a dificultar o crescimento geral da maior economia da Europa

Angela Merkel: Alemanha vive na expectativa de ter fechado com baixo crescimento o ano de 2019 (picture alliance/Getty Images)

Angela Merkel: Alemanha vive na expectativa de ter fechado com baixo crescimento o ano de 2019 (picture alliance/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2020 às 09h53.

Berlim — As encomendas à indústria alemã caíram inesperadamente em novembro devido à fraca demanda externa e à falta de grandes contratos, mostraram dados divulgados nesta quarta-feira, sugerindo que uma queda na produção continuará a dificultar o crescimento geral da maior economia da Europa.

A manufatura dependente de exportação da Alemanha está enfrentando uma demanda lenta no exterior, além de incertezas comerciais relacionadas a disputas comerciais e à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

"O sofrimento na indústria continua", disse Thomas Gitzel, economista do VP Bank, observando que a escalada militar entre os Estados Unidos e o Irã agora representa um risco adicional para as empresas.

Os contratos de bens produzidos na Alemanha diminuíram 1,3% em relação ao mês anterior, registrando a maior queda desde julho, segundo dados do Ministério da Economia do país. A expectativa em pesquisa da Reuters era de um aumento de 0,3%.

A demanda de outros países recuou 3,1%, maior queda desde fevereiro, enquanto os pedidos de clientes domésticos avançaram 1,6%. A leitura de outubro foi revisada para cima, mostrando um aumento de 0,2%, ante uma queda relatada anteriormente de 0,4%.

Sem pedidos em grandes quantidades, as encomendas industriais aumentaram 1,0% em novembro, informou o Ministério da Economia, acrescentando que os pedidos recebidos no setor haviam se estabilizado em um nível baixo nos últimos meses.

"Ao mesmo tempo, as expectativas das empresas para a manufatura melhoraram razoavelmente. Portanto, as perspectivas para a atividade industrial melhoraram um pouco", afirmou o ministério.

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