Presidente da Rússia, Vladimir Putin: o próximo ano deve ser o mais difícil do governo Putin (Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 12h43.
Moscou - O banco central da Rússia ofereceu nesta quarta-feira ajuda a grandes exportadores do país para refinanciar dívidas externas no ano que vem, que deve ser um dos mais difíceis dos 15 anos do governo de Vladimir Putin para a economia devido a sanções ocidentais e queda no preço do petróleo.
O banco disse que emprestaria dólares e euros para grandes companhias que quisessem colocar sua dívida externa como garantia.
A decisão significa que o Estado irá na prática assumir o risco de crédito das companhias, cujas dívidas externas dispararam em rublo por causa da forte queda da moeda este ano.
Mesmo antes da iniciativa, a agência de classificação de risco Standard & Poor's colocou a nota da dívida soberana russa em perspectiva negativa, o que significa que poderá ser rebaixada para o nível especulativo em janeiro devido "à rápida deterioração da flexibilidade monetária russa". S&P, Moody's e Fitch agora classificam a nota da Rússia em um grau acima de "junk".
O ministro das Finanças russo disse que estava conversando com as agências para explicar a situação econômica. As autoridades tomaram diversos passos nas últimas semanas para conter a queda do rublo e evitar uma alta da inflação depois de anos de estabilidade, o que poderá ameaçar a popularidade de Putin.
As medidas incluem forte alta da taxa básica de juros, redução das exportações de grãos e controles informais de capital.