Gustavo Fonseca: segundo o CEO da SKY e da skx, clientes terão direito a conta, transferências, pagamentos e cartões de crédito e débito. Outros produtos de crédito e investimentos também estão nos planos da companhia (Sky/Divulgação)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 8 de agosto de 2024 às 12h05.
Com investimento de R$ 1 bilhão até 2026 feito pelo controlador (Grupo Werthein), a SKY, empresa de TV paga via satélite e internet por fibra, anunciou nesta quinta-feira, 8, a entrada no setor financeiro por meio da fintech skx. A intenção da companhia de iniciar uma operação nesse segmento já havia sido antecipada à EXAME por Darío Werthein, acionista do Grupo Werthein e presidente da Vrio, que controla a SKY.
A entrada no setor financeiro não é uma aventura, explicou o CEO da SKY, Gustavo Fonseca. Segundo ele, que acumulará o cargo de CEO da skx, o Grupo Werthein já foi controlador de bancos na Argentina e entende do negócio bancário.
Fonseca ainda afirmou que o movimento é um contra-ataque aos anúncios de fintechs que têm entrado no segmento de vídeo e TV.
O início da operação terá como público-alvo mais 1.500 pequenas e médias empresas parceiras e prestadoras de serviços da SKY. Desse total, 50 já testam os serviços da skx e, até outubro, as demais terão acesso aos serviços de conta, pagamentos, transferências e cartões de crédito e débito.
Segundo Fonseca, esses clientes sofrem com juros altos e o histórico de relacionamento entre as partes garantirá taxas mais baixas.
“Essas empresas são parceiras da SKY há 20 ou 30 anos e reconhecemos a história delas. Nós conhecemos nossos fornecedores e clientes como bancos e fintechs não conhecem. Atualmente, eles precisam recorrer ao próprio caixa ou buscar um banco para, por exemplo, trocar uma fachada ou investir na compra de um carro para o próprio negócio. Nossa ideia é suprir essa necessidade já que conhecemos o histórico de pagamento de”, disse O CEO da SKY e da skx.
A expansão dos serviços da fintech para os clientes de TV e internet, que chegam a 4 milhões, ocorrerá até o fim do ano, afirmou Fonseca. Outra base que também será explorada pela fintech é a de ex-clientes da SKY. Em um terceiro momento, os não clientes poderão abrir uma conta.
A tendência é que outros produtos de crédito, além do cartão, e investimentos sejam oferecidos aos clientes da fintech ao longo de 2025, afirmou Darío Werthein. Segundo ele, as empresas ou clientes que tiveram fluxo de caixa positivo ou sobras no mês poderão usar a skx para fazer aplicações.
“Para o grupo é muito importante nossa participação no Brasil e queremos seguir crescendo e apostando no país”, disse Werthein.