Economia

Skaf diz a Cameron que Brasil quer retomar produtividade

O presidente da Fiesp disse que a entidade brigou por mais de um ano para redução das tarifas de eletricidade e quer a diminuição da conta de gás


	Segundo Skaf, Cameron não reclamou nem fez nenhum comentário sobre o aumento de tarifas de importação adotado recentemente pelo país
 (Claudio Rossi/Reuters)

Segundo Skaf, Cameron não reclamou nem fez nenhum comentário sobre o aumento de tarifas de importação adotado recentemente pelo país (Claudio Rossi/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 13h30.

São Paulo - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que tomou a iniciativa de "explicar" ao primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que o Brasil não busca o protecionismo, mas, sim, adota medidas para recuperar a produtividade. Os dois estiveram reunidos reservadamente na manhã desta quinta-feira em São Paulo.

Segundo Skaf, Cameron não reclamou nem fez nenhum comentário sobre o aumento de tarifas de importação adotado recentemente pelo país - sabe-se, entretanto, que as medidas desagradam ao governo britânico.

O presidente da Fiesp disse que a entidade brigou por mais de um ano para redução das tarifas de eletricidade e quer a diminuição da conta de gás, além da conhecida defesa da redução dos juros e da manutenção de um nível mais favorável do câmbio. "Precisamos recuperar a competitividade do Brasil", afirmou.

Skaf também defendeu o aumento do comércio entre os dois países, hoje pouco relevante. As correntes comerciais somadas de Brasil e Reino Unido chegam a US$ 1,6 trilhão, mas o comércio bilateral é de apenas US$ 9 bilhões. "Isso é nada, há muito o que fazer."

Em 2011, o Brasil investiu quase US$ 1 bilhão no Reino Unido, enquanto os britânicos aportaram US$ 3 bilhões aqui.

O interesse dos britânicos pelo País nunca foi tão forte. Os projetos de infraestrutura, as descobertas do pré-sal, o processo de renovação do Exército nacional e os eventos esportivos a serem sediados aqui abrem diversas oportunidades para as empresas estrangeiras. Tanto que a General Dynamics UK, gigante do setor de defesa, aproveita a visita de Cameron para anunciar a abertura de subsidiária no Rio de Janeiro.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilDiplomaciaeconomia-brasileiraEuropaFiespPaíses ricosReino Unido

Mais de Economia

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad

Governo pode perder até R$ 106 bi com renegociação de dívida dos estados, estima Tesouro Nacional