Economia

Setubal vê decisão correta do BC e diz que inflação cairá

Na opinião do presidente do Itaú, as medidas foram relevantes e já olham a necessidade de o Brasil fazer o "tão falado ajuste fiscal"


	Roberto Setubal: "Os bancos também perdem. Inadimplência está subindo por conta da recessão no Brasil" , afirmou
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Roberto Setubal: "Os bancos também perdem. Inadimplência está subindo por conta da recessão no Brasil" , afirmou (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 13h37.

São Paulo - O presidente executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que a decisão do Banco Central de manter os juros básicos na última reunião foi correta, mas não quis comentar sobre a sinalização que o presidente do órgão regulador, Alexandre Tombini, deu quanto ao futuro da Selic.

"A decisão (do Banco Central) foi correta. Com demanda fraca e recessão, não haveria necessidade de elevar os juros. Vejo a inflação caindo naturalmente por falta de demanda", disse ele, em entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta terça-feira, 2.

Setubal acrescentou ainda, ao comentar a decisão do BC de manter os juros em 14,25% ao ano, que a conjuntura internacional demanda cuidados, pelo menos, alertas e citou a China como exemplo.

Em relação ao Brasil, o presidente do Itaú afirmou que a reforma da previdência é uma das mais importantes que o País precisa fazer. "O Congresso reabriu agora. Vamos ver se conseguimos andar com a agenda (do Brasil)", afirmou ele.

Sobre as medidas anunciadas após a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, Setubal disse que elas vão além da expansão do crédito, mencionando a reforma da previdência e o compromisso do governo em segurar os gastos públicos para que não continuem a evoluir em ritmo superior ao do produto interno bruto (PIB).

Na opinião do presidente do Itaú, as medidas foram relevantes e já olham a necessidade de o Brasil fazer o "tão falado ajuste fiscal".

Para Setubal, todos perdem na recessão. "Os bancos também perdem. Inadimplência está subindo por conta da recessão no Brasil" , afirmou.

"Foi uma sinalização relevante e que o governo de fato está olhando. O anúncio de expansão do crédito conta com números muito menores do que já foram em outro momento. Governo e todos estão preocupados que a recessão (no Brasil) se acentue, então, procurou abrir linhas de crédito bastante especificas, especialmente, linhas do BNDES, alguma coisa no Banco do Brasil, especialmente, na área agrícola, que tem demanda e expansão. Vejo bem a oferta de crédito", avaliou Setubal.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalBanco CentralBancosEmpresasEmpresas brasileirasInflaçãoItaúMercado financeiro

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE