Economia

Setor turístico pode perder até 700 mil empregos com Brexit sem acordo

Sem um acordo para a saída da União Europeia, o FMI prevê uma retração de 7,7% da economia britânica

Brexit: 308 mil empregos assentados estariam em perigo no Reino Unido em dez anos (Peter Nicholls/Reuters)

Brexit: 308 mil empregos assentados estariam em perigo no Reino Unido em dez anos (Peter Nicholls/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 11h45.

Londres - Mais de 700 mil empregos do setor turístico poderiam desaparecer na próxima década, o que suporia um buraco no PIB britânico de 18,6 bilhões de libras (21,2 bilhões de euros) se ocorrer um "brexit" sem acordo, segundo um relatório elaborado pela World Travel & Tourism Council (WTTC) divulgado nesta segunda-feira.

Esta organização privada, que agrupa os líderes da indústria global de viagens e turismo, alertou dos riscos que poderia acarretar uma saída abrupta do Reino Unido da União Europeia (UE) em 29 de março.

O estudo demonstrou que cerca de 308 mil empregos assentados no país estariam em perigo, enquanto outros 399 mil estariam em outros países comunitários se não houver consenso.

A WTTC também se baseou em uma análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) que prevê nesse cenário uma retração de 7,7% da economia britânica.

A diretora-executiva da organização turística, Gloria Guevara, lembrou hoje que o Reino Unido é a "quinta economia mundial em viagens e turismo".

"Dada a importância da economia britânica, está claro que um 'brexit' sem acordo teria um impacto dramático em um dos setores econômicos mais importantes do país", acrescentou.

Guevara indicou, além disso, que muitos membros de WTTC já estão notando um impacto em seus negócios e funcionários.

Para o presidente desta organização, Christopher Nassetta, existem quatro áreas "cruciais" sobre as quais é preciso trabalhar para evitar as perdas de trabalhos.

Concretamente, citou o acesso contínuo ao Mercado Único de Aviação, a manutenção de um visto livre de viagem entre o Reino Unido e a UE, e assegurar a continuação da mobilidade laboral para os trabalhadores do setor, assim como também a cooperação para evitar controles fronteiriços "duros".

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