Economia

Setor siderúrgico reduz previsão para vendas de aço no Brasil

A estimativa de crescimento de 1,3% nas vendas internas em 2017 foi revisada para uma queda de 1,3%

Aço: em relação à produção, a entidade manteve a estimativa (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Aço: em relação à produção, a entidade manteve a estimativa (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2017 às 13h16.

Última atualização em 26 de julho de 2017 às 13h18.

São Paulo - As vendas internas de aço no Brasil devem cair 1,3 por cento em 2017, para 16,3 milhões de toneladas, informou nesta quarta-feira o Instituto Aço Brasil (IABr), revendo estimativa divulgada em abril que previa crescimento de 1,3 por cento nas vendas do setor.

A entidade manteve a estimativa para a produção de aço no país este ano em 32,47 milhões de toneladas, alta de 3,8 por cento ante 2016, por conta da expectativa melhor para as exportações, que devem subir 9,1 por cento, para cerca de 14,7 milhões de toneladas.

A projeção para o consumo aparente, foi cortada de alta de 2,9 por cento para crescimento de 1,1 por cento, a 18,4 milhões de toneladas.

No primeiro semestre, a produção brasileira de aço bruto somou 16,7 milhões de toneladas, uma alta de 12,4 por cento ante o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas internas recuaram 2 por cento, para 8,05 milhões de toneladas.

Em junho apenas, a produção subiu 4 por cento sobre um ano antes, para 2,649 milhões de toneladas.

O segmento de aços longos foi o único a apresentar queda na produção no mês passado, refletindo a fraqueza da indústria de construção civil do país e escassez de projetos de infraestrutura.

A produção de aços longos em junho foi 11,3 por cento menor que a registrada um ano antes, a 714 mil toneladas e ficou estável ante maio.

Já as vendas de laminados da categoria caíram 9,5 por cento na mesma comparação, para 578 mil toneladas, encerrando o semestre em baixa de 10 por cento, a 3,185 milhões de toneladas.

As exportações, que tiveram alta anual de 9,2 por cento entre janeiro e junho, foram responsáveis por compensar a lentidão do mercado interno e puxadas pela base de comparação mais fraca com o ano passado, quando a Companhia Siderúrgica do Pecém (CE) ainda não estava em plena operação.

"Na nossa visão, a economia brasileira não se recuperou e não vai se recuperar em 2017. A perspectiva do mercado interno é muito difícil, a saída são as exportações", disse o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, a jornalistas.

Em relação ao mercado externo, o setor tem se preocupado com medidas protecionistas planejadas pelo governo norte-americano, que corresponde a 36 por cento das exportações nacionais de aço.

O setor tem se manifestado junto ao Departamento de Comércio dos EUA para pedir que os produtores brasileiros sejam poupados de tarifas sobre seus produtos vendidos no mercado norte-americano.

"A maior parte de nossas exportações é de produtos semiacabados, que geram empregos nos EUA", disse Alexandre Lyra, presidente do conselho diretor do IABr.

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