Economia

Setor público tem superávit primário de R$16,896 bi em abril

Resultado ficou acima do projetado por analistas, cuja mediana apontava saldo positivo de 15 bilhões de reais


	Economia: em 12 meses até abril, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,87¨% do PIB
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Economia: em 12 meses até abril, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,87¨% do PIB (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 11h08.

Brasília - O setor público brasileiro registrou superávit primário de 16,896 bilhões de reais em abril, melhor resultado para esse mês desde 2011, num resultado influenciado por arrecadação sazonal e alta receita com dividendos.

O resultado ficou acima do projetado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de 15 bilhões de reais.

Em 12 meses até o mês passado, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,87 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril de 2011, o superávit primário ficou em 18,052 bilhões de reais.

Do total da economia realizada em abril, o governo central --governo federal, Banco Central e Previdência-- realizou superávit primário de 16,854 bilhões de reais. O número positivo de abril foi garantido pelo governo federal, com primário de 19,816 bilhões de reais. No período, as estatais pagaram dividendos de 2,341 bilhões de reais, informou na véspera o Tesouro Nacional.

Mas os governos regionais tiveram desempenho pouco expressivo ao registrar saldo positivo de apenas 358 milhões de reais, similar ao resultado de março e muito aquém dos 5,468 bilhões de reais vistos em fevereiro, quando foram beneficiados por fortes repasses da União.

Desempenho no ano

O saldo fiscal do setor público acumulado de janeiro a abril de 42,527 bilhões de reais está apenas um pouco acima do montante de 41,048 bilhões de reais em igual período do ano de 2013 devido ao baixo crescimento econômico e fraca arrecadação federal.

Para tentar melhorar o desempenho desse ano, o governo elevou a estimativa de receitas extraordinárias de maio a dezembro para 24,338 bilhões de reais.

As manobras fiscais usadas pelo governo nos últimos anos para fechar as contas abalaram a confiança dos agentes econômicos. E para reverter o quadro, o governo ajustou, recentemente, a meta de superávit primário para torná-la "mais realista" neste ano, de 99 bilhões de reais, ou 1,9 por cento do PIB.

Para 2015, o governo fixou o alvo em 143,3 bilhões de reais, ou 2,5 por cento do PIB, mas afirmou que o objetivo mínimo e ajustado será de 2 por cento do PIB.

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