Economia

Setor público tem déficit primário de R$ 20,541 bi em setembro

Setor público consolidado inclui Governo Central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras

 (Cris Faga/Getty Images)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 11h11.

São Paulo — O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 20,541 bilhões em setembro, informou nesta quinta-feira, 31, o Banco Central. Em agosto, havia sido registrado déficit de R$ 13,448 bilhões.

O resultado primário consolidado do mês passado veio melhor que a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast.

A mediana estava negativa em R$ 21,400 bilhões e o intervalo ia de déficit de R$ 27,500 bilhões a déficit de R$ 18,800 bilhões. O saldo de setembro representa o menor déficit para o mês desde 2015, quando houve resultado negativo de R$ 7,318 bilhões.

O resultado fiscal de setembro foi composto por um déficit de R$ 20,631 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS).

Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 170 milhões no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 269 milhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 99 milhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 261 milhões.

Acumulado do ano

As contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 42,491 bilhões no ano até setembro, o equivalente a 0,80% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.

A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 132,0 bilhões para 2019. No caso do Governo Central, a meta é um déficit de R$ 139,0 bilhões.

O déficit fiscal no ano até setembro ocorreu em função do déficit de R$ 63,166 bilhões do Governo Central (1,20% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 19,644 bilhões (0,37% do PIB) no período.

Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 17,444 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 2,201 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado superavitário de R$ 1,031 bilhão no período.

12 meses

As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 91,428 bilhões em 12 meses até setembro, o equivalente a 1,29% do PIB, informou o Banco Central.

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em setembro pode ser atribuído ao rombo de R$ 102,797 bilhões do Governo Central (1 46% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 9,183 bilhões (0,13% do PIB) em 12 meses até setembro.

Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 10,779 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 1,596 bilhão. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 2,186 bilhões no período.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 45,920 bilhões em setembro. Em agosto, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 63,644 bilhões e, em setembro de 2018, deficitário em R$ 39,173 bilhões.

No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 41,256 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 4,465 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 199 milhões.

No ano até setembro, o déficit nominal somou R$ 326,679 bilhões, o que equivale a 6,19% do PIB.

Em 12 meses até setembro, há déficit nominal de R$ 451,458 bilhões, ou 6,39% do PIB.

Gasto com juros

O setor público consolidado teve gasto de R$ 25,379 bilhões com juros em setembro, após esta despesa ter atingido R$ 50,197 bilhões em agosto, informou o Banco Central. O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 20,625 bilhões. Os governos regionais registraram gasto de R$ 4,295 bilhões e as empresas estatais, de R$ 460 milhões.

No ano até setembro, o gasto com juros somou US$ 284,188 bilhões o que representa 5,38% do PIB.

Em 12 meses até setembro, as despesas com juros atingiram R$ 360, 030 bilhões (5,10% do PIB).

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