Viviane Moura, do governo de transição, e Lucas Amorim, diretor de redação de EXAME. (Eduardo Frazão/Exame)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 7 de dezembro de 2022 às 10h26.
Última atualização em 7 de dezembro de 2022 às 15h42.
O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer contar com a participação do setor privado e manter o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para desenvolver a infraestrutura do país nos próximos quatro anos. A fala veio de Viviane Moura, membro do grupo de transição do novo governo. Ela trabalha focada em pensar iniciativas e projetos para o desenvolvimento regional.
"Tem uma visão muito clara do novo governo sobre a importância do capital do setor privado. Não dá para pensar o poder público sem a participação da iniciativa privada", disse ela durante Fórum Infraestrutura, Cidades e Investimentos, realizado nesta quarta-feira, 7. O evento é uma iniciativa da EXAME em parceria com a Hiria, B3 e diversas outras organizações. O objetivo foi realizar um encontro entre os profissionais e empresas do setor para fomentar novas parcerias e compartilhar as melhores soluções e práticas para a inovação das cidades.
Viviane Moura ainda detalhou que as ideias que estão sendo debatidas dentro do governo de transição é que os projetos de infraestrutura que já estão em andamento devem ser mantidos. Somente dentro do PPI, há 146 projetos qualificado, carteira que será mantida pelo governo Lula.
"Não temos uma visão de extinção. Olhamos para a manutenção, olhando para os projetos que estão dentro dessas carteiras. O que está avançado não vai retroceder. Queremos trazer a iniciativa privada para reconstruir o país", afirmou.
Outra ideia que é debatida é que a União poderia ser uma garantidora no caso de distribuição de crédito. Isso ajudaria no aumento do fomento e no desenvolvimento de infraestrutura do país. Segundo ela, há um entendimento dentro do grupo de transição de que é preciso melhorar as condições de portos, aeroportos, estradas, rodovias e ferrovias.
"Um dos pontos mais debatidos foi a falta de um plano de desenvolvimento regional. Ele é fundamental para a reconstrução do país, em especial olha para as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste que têm financiamento e fundos específicos", detalhou.
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