Economia

Setor de telecom sofre, mas está no piloto automático, diz Anatel

Segundo o presidente da Agência, embora haja dificuldades políticas e econômicas, há condições de manter a atividade em condições favoráveis para a economia

Anatel: segundo o presidente, a desativação de linhas também é de interesse das operadoras (foto/Agência Brasil)

Anatel: segundo o presidente, a desativação de linhas também é de interesse das operadoras (foto/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2017 às 13h28.

Última atualização em 13 de junho de 2017 às 13h30.

Brasília - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, disse que o setor de telecomunicações sofre os efeitos da crise econômica no País, mas atua no "piloto automático".

Segundo ele, ainda que haja dificuldades políticas, econômicas e regulatórias, há condições de manter a atividade em condições favoráveis para a economia brasileira.

"Claro que o momento econômico atrapalha um pouco, com dependência de atos regulatórios e, em alguns momentos, projetos de lei e decretos. Mas espero que esse momento da política de dificuldade nacional seja passageiro, pois isso atrapalha bastante o ambiente regulatório", disse, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, nesta terça-feira, 13.

Segundo Quadros, por exemplo, a queda no número de linhas ativas de celulares não pode ser atribuída aos efeitos da crise econômica. O principal motivo da redução de 15 milhões de linhas entre abril do ano passado e abril deste ano, de acordo com ele, são as inovações que permitiram a redução do custo das ligações.

No caso das inovações tecnológicas, está a possibilidade de chamadas por meio de aplicativos, que consomem dados e não voz, como o Whatsapp e o Skype. Ele citou também a queda nas tarifas de interconexão, que permitiram a redução do custo de ligações para celulares de outras operadoras.

"Não há mais necessidade de o usuário ter que portar mais de um chip para fazer suas ligações de uma operadora para outra. Por isso tem havido redução bem significativa", disse.

Segundo ele, a desativação de linhas também é de interesse das operadoras, pois a redução dos chips também diminui a base de pagamentos de taxas de fiscalização, que são cobradas anualmente, sempre em março, por linha ativada. Quando chips ociosos são desativados, não há cobrança da taxa.

"Entendo que essa redução é mais nos pré-pagos, porque hoje as pessoas não precisam de mais de um chip, e também há esse interesse das operadoras", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:AnatelEmpresasTelecomunicaçõesTelefonia

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE