Economia

Setor de serviços recua 0,6% em setembro após cinco meses de crescimento

O resultado negativo interrompeu uma sequência de cinco meses de crescimento do setor

Restaurante Arturito ganhará novo endereço em 2024. (Eduardo Knapp/Folhapress)

Restaurante Arturito ganhará novo endereço em 2024. (Eduardo Knapp/Folhapress)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 09h53.

Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 10h37.

O volume do setor de serviços do Brasil caiu 0,6 por cento em setembro em relação a agosto e teve alta de 11,4 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 12.

O resultado negativo interrompeu uma sequência de cinco meses de crescimento do setor. Projeções do mercado esperavam avanço de 0,5%. O IBGE destacou que com os números de setembro, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia, mas 8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Para André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, a queda nos derviços foi impactada pela queda nos Transportes e serviços de informação.

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Apesar do resultado abaixo do esperado, o setor fechou o terceiro trimestre no azul, com avanço de 3% na comparação com os meses anterior, diferentemente da indústria e do varejo. No mês de setembro, os três dados apresentaram resultados negativos. 

Perfeito afirma que com o fechamento do terceiro trimestre das principais pesquisas do IBGE é seguro afirmar que economia brasileira parou no trimestre encerrado em setembro. "O resultado negativo sugere que a política monetária não precisa ser mais contracionista do que já está 'contratado' por assim dizer; mantemos projeção de alta de 150 pontos para a próxima reunião do Copom e Selic em 11,5% ao final do ciclo", explicou o economista.

Após os dados do setor de serviços, a Necton revisou sua projeção do PIB para 2022 de 1% para 0,3% na perspectiva de que os juros elevados irão contribuir ainda mais para desacelerar a economia que já está fragilizada. "O objetivo de se elevar os juros tem apenas um efeito no curto prazo que é controlar mais o dólar e acreditamos que este deve recuar mais fortemente em 2022 quando a SELIC efetivamente atingir dois dígitos", concluiu Perfeito. 

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