Economia

Setor de serviços tem o pior desempenho em junho desde 2012

Trata-se do pior desempenho para um mês de junho em toda a série, iniciada em janeiro de 2012


	Serviços: trata-se do pior desempenho para um mês de junho em toda a série, iniciada em janeiro de 2012
 (AndreyPopov/Reuters)

Serviços: trata-se do pior desempenho para um mês de junho em toda a série, iniciada em janeiro de 2012 (AndreyPopov/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 11h52.

Rio - A receita bruta nominal do setor de serviços cresceu 2,1% em junho ante igual mês de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 18, em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Trata-se do pior desempenho para um mês de junho em toda a série, iniciada em janeiro de 2012. Em maio de 2015, o crescimento foi de 1,1% no mesmo tipo de confronto. Com o resultado de junho, a receita bruta do setor acumula alta de 2,3% no ano.

Já em 12 meses, o avanço é de 3,5%, o menor desde o início da série, que começou em janeiro de 2013 neste tipo de comparação.

A PMS foi inaugurada em agosto de 2013, com série histórica desde janeiro de 2012. A pesquisa produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em quatro tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; o índice acumulado em 12 meses; e o índice base fixa, comparados à média mensal obtida em 2011.

Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), pois, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.

2º trimestre

No segundo trimestre, a receita bruta nominal cresceu 1,6% em relação a igual período do ano passado. Trata-se do pior resultado já observado em toda a série da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em janeiro de 2012.

No primeiro trimestre deste ano, o resultado havia sido, até então, o pior da série. O avanço da receita nominal, sem descontar a inflação, foi de 2,9% em relação a igual período de 2014.

Transportes

A receita nominal de serviços de transportes cresceu 4,4% em junho ante junho de 2014. Com isso, a atividade exerceu a principal influência positiva (1,4 ponto porcentual) no resultado da pesquisa, com avanço de 2,1% no período.

A segunda principal contribuição positiva partiu dos serviços profissionais, administrativos e complementares, que avançaram 5,9% na receita bruta de serviços em junho ante junho do ano passado. Os resultados não descontam o efeito da inflação no período.

Os piores desempenhos foram registrados pelo grupo outros serviços (0,4%) e pelos serviços prestados às famílias (0,0%).

Já os serviços de informação e comunicação tiveram queda nominal de 1,7% na receita em junho ante igual mês de 2014, resultado muito influenciado pelos serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias (-18,1%).

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrise econômicaDados de BrasilEstatísticasIBGEServiços diversos

Mais de Economia

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado

É inacreditável que Trump esteja preocupado com a 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

Tesouro: mesmo com IOF, governo precisaria de novas receitas para cumprir meta em 2026