Seguros: a avaliação do diretor-geral da Mapfre é de que "os mercados estão aprofundando, avançando, de um ponto de vista não só quantitativo, mas também estrutural" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2016 às 10h56.
Madri - Os seguros aumentarão sua presença na América Latina em 2016 graças à expansão da economia da região, apontou o relatório "Tendências de crescimento dos mercados da América Latina para 2016" elaborado pela Mapfre, a maior seguradora da Espanha.
Este estudo, apresentado nesta terça-feira no seminário "O mercado de seguros latino-americano", compilou a evolução do setor na última década e as perspectivas de futuro baseadas nos dados publicados pelas entidades supervisoras de seguros de cada país e a informação proporcionada pelos funcionários de Mapfre.
A avaliação é de que "os mercados estão aprofundando, avançando, de um ponto de vista não só quantitativo, mas também estrutural", afirmou o diretor-geral do Serviço de Estudos da Mapfre, Manuel Aguilera.
A presidente da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides) e de Unespa, a patronal espanhola de seguros, Pilar González, disse que "as previsões para estes mercados não poderiam ser mais otimistas, apesar da diversidade que existe entre eles".
Os números recolhidos pelos organismos internacionais apontam para crescimento na maioria dos países da América Latina, e por isso acreditam que o setor de seguros avançará nessa mesma direção.
De fato, nos últimos dez anos, o Índice de Evolução do Mercado calculado pela Mapfre aumentou 51,3%, o que demonstra a consolidação das seguradoras na América Latina.
Nos últimos anos, os seguros ganharam importância nas economias latino-americanas, e registraram receita de US$ 138,7 bilhões em 2015, 2,86% do PIB regional, embora seu potencial seja de US$ 400 bilhões.
O país que contribuiu para a maior parte deste valor foi o Brasil, com US$ 55,2 bilhões, seguido pelo México, com US$ 54,4 bilhões, informou Aguilera durante a apresentação.
O estudo também analisou a lacuna de proteção do seguro, que mede a diferença entre a cobertura seguradora ótima e a cobertura seguradora real.
Na última década esta diferença diminuiu em termos relativos na maioria dos países analisados, embora em termos absolutos tenha passado de US$ 183,5 bilhões para US$ 259,4 bilhões entre 2005 e 2015.
Por enquanto, a lacuna está concentrada nos seguros de vida, mas é neste ramo que se espera uma grande melhora nos próximos anos.
Por países, todos reduziram a lacuna em seguros de vida, com exceção de Argentina e Panamá, este último influenciado pela construção do Canal.