Economia

Setor de construção fecha 14 mil vagas no Brasil em fevereiro

Pesquisa desenvolvida em parceria com a Fundação Getúlio Vargas mostrou que a indústria empregava 2,48 milhões de pessoas em fevereiro

Construção civil: entre todas as regiões do Brasil, apenas o Sul registrou aumento no número de vagas (Dado Galdieri/Bloomberg)

Construção civil: entre todas as regiões do Brasil, apenas o Sul registrou aumento no número de vagas (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2017 às 12h54.

São Paulo - O setor de construção fechou 14.070 vagas em todo o país em fevereiro, marcando o 29º mês de queda no nível de emprego, informou o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).

A pesquisa, desenvolvida em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em informações do Ministério do Trabalho, mostrou que a indústria empregava 2,48 milhões de pessoas em fevereiro, um número 13,95 por cento menor em relação ao mesmo mês de 2016.

"A intensificação do desemprego na construção resulta da redução contínua do volume de novas obras, decorrente do prolongamento da recessão econômica", disse o presidente do sindicato, José Romeu Ferraz Neto, em nota.

Conforme Ferraz Neto, a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária é importante para melhorar o ambiente de negócios e reverter esse quadro.

Entre todas as regiões do Brasil, apenas o Sul registrou aumento no número de vagas (+0,44 por cento). Houve queda de 1,95 por cento no Norte, 0,82 por cento no Nordeste, 0,71 por cento no Sudeste e 0,07 por cento no Centro-Oeste.

No Sudeste, Espírito Santo foi o Estado que registrou o maior recuo no nível de emprego (2,14 por cento), seguido por Rio de Janeiro (0,99 por cento) e São Paulo (0,66 por cento).

A indústria paulista de construção empregava 690,1 mil trabalhadores em fevereiro, queda de 0,66 por cento ante janeiro. Somente na capital, que responde por 43,4 por cento do total de vagas, foram fechadas 3.160 postos de trabalho.

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