Economia

Setor aéreo latino-americano duplicará lucro líquido em 2014

Indústria aérea latino-americana duplicará em apenas um ano seu lucro líquido, que de US$ 700 milhões com os quais fechará 2013 passará para US$ 1,5 bilhão


	Avião: em escala mundial, a entidade informou que o setor de transporte aéreo obterá este ano um lucro líquido de US$ 12,9 bilhões
 (Wikimedia Commons/EXAME.com)

Avião: em escala mundial, a entidade informou que o setor de transporte aéreo obterá este ano um lucro líquido de US$ 12,9 bilhões (Wikimedia Commons/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 09h17.

Genebra - O conjunto da indústria aérea latino-americana duplicará em apenas um ano seu lucro líquido, que de US$ 700 milhões com os quais fechará 2013 passará para US$ 1,5 bilhão no próximo ano, segundo as previsões anunciadas nesta quinta-feira pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).

Em escala mundial, a entidade informou que o setor de transporte aéreo obterá este ano um lucro líquido de US$ 12,9 bilhões, que aumentará para US$ 19,7 bilhões no próximo.

Na região latino-americana, uma das que maior crescimento experimentou nos últimos anos junto com as da Ásia Pacífico e do Oriente Médio, as oportunidades vão continuar sendo amplas, o que se reflete na melhora do resultado operacional líquido do setor.

O Ebit vai continuar aumentando e passará de 3,1% este ano para 5,1% em 2014, segundo os cálculos dos analistas da Iata.

No entanto, a entidade advertiu que muitas companhias aéreas latino-americanas enfrentam obstáculos, como por exemplo "infraestruturas que não seguem o ritmo da crescente demanda".

Como uma exceção a essa situação mencionou o caso do Chile, "que está trabalhando duro em seu marco legislativo para permitir que as companhias aéreas possam crescer e serem motores de crescimento".

Lamentou, por outro lado, que outros países "mantenham políticas contraproducentes" e citou os casos de dois importantes países da região: México e Brasil.

Sobre o primeiro, a Iata criticou a imposição de um imposto que aumenta o principal custo da indústria, o que viola os acordos internacionais.

Com relação ao Brasil, considerou que a medida que estabelece os preços de paridade de importação de combustível tem um impacto negativo similar ao que se sofre no México.

Sobre a situação das companhias aéreas em geral, o diretor geral da Iata, Tony Tayler, destacou que estas "demonstraram que podem superar os desafios em ambientes difíceis para seu negócio", mas ao mesmo tempo declarou sua preocupação com a falta de reconhecimento que observa entre os Governos "do papel essencial que a aviação tem em um mundo interconectado".

"O aumento de regulações e impostos aumentam ano a ano, e alguns Governos inclusive parecem que estão se retratando na desregulação e tentam controlar de forma excessiva aspectos como os direitos dos passageiros", assinalou o diretor.

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