Economia

Setembro tem déficit de US$ 7,9 bi em transações correntes

De janeiro a setembro, o saldo negativo soma em US$ 62,7 bilhões, contra US$ 60,2 bilhões no mesmo período de 2013


	Saldo das transações correntes registrou déficit de US$ 7,9 bilhões em setembro
 (Arquivo/Agência Brasil)

Saldo das transações correntes registrou déficit de US$ 7,9 bilhões em setembro (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 10h49.

Brasília - O saldo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – as chamadas transações correntes – ficou negativo em US$ 7,9 bilhões em setembro, contra um déficit de US$ 2,7 bilhões em igual período do ano passado, informou, há pouco, o Banco Central (BC).

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, é o pior resultado desde o início da série história, em 1947.

De janeiro a setembro, o saldo negativo soma em US$ 62,7 bilhões, contra US$ 60,2 bilhões no mesmo período de 2013.

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos e seguros) também teve déficit, de US$ 4,7 bilhões em setembro, com alta de 4,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

O saldo comercial (exportações maiores que importações) ficou negativo em US$ 940 milhões, com as exportações em US$ 19,6 bilhões e as importações em US$ 20,5 bilhões. Na conta de rendas (remessa de lucros e dividendos, pagamento de juros e salários), houve déficit de US$ 2,3 bilhões.

O ingresso líquido de transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) chegou a US$ 132 milhões.

Quando o país tem déficit em conta-corrente (gasta além de sua renda), é preciso financiar o resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior.

O investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiamento, por ser de longo prazo.

Existe, porem, outras formas de financiamento, como os empréstimos e os investimentos estrangeiros em ações e em títulos de renda fixa.

No mês passado, o IED chegou a US$ 4,2 bilhões e a US$ 46,2 bilhões em nove meses, contra US$ 4,7 bilhões e US$ 43,7 bilhões, em iguais períodos do ano passado, respectivamente.

Os investimentos em carteira (ações e títulos de renda fixa) somaram US$ 5,2 bilhões, no mês passado, e US$ 34,6 bilhões, nos nove meses do ano, ante US$ 6,9 bilhões e US$ 28,9 bilhões registrados em iguais períodos de 2013.

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