Cidades ricas: as maiores geradoras de riqueza de 2013 foram São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Campos dos Goytacazes (Divulgação/SeturDF)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 11h12.
Rio - Apesar dos avanços registrados nos últimos anos na redução da desigualdade, a riqueza permanece bastante concentrada no país.
Em 2013, apenas sete municípios concentravam 25% da economia brasileira, de acordo com o Produto Interno Bruto dos Municípios 2010-2013, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 18.
Os maiores geradores de riqueza naquele ano foram São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Campos dos Goytacazes. Quando somados os 62 municípios brasileiros mais ricos, chegava-se a metade do PIB nacional.
Por outro lado, os 1.388 municípios mais pobres responderam por aproximadamente 1,0% do PIB nacional.
Nesse grupo com menor participação na geração de riqueza estavam 74,6% dos municípios do Piauí, 60,1% dos municípios da Paraíba, 53,3% dos municípios do Rio Grande do Norte e 52,5% dos municípios do Tocantins.
Segundo o IBGE, não houve alteração significativa entre os municípios com maior participação no PIB no período de abrangência do levantamento, de 2010 a 2013.
SP
O município de São Paulo teve o maior recuo em participação na geração de riqueza no país em 2013, segundo a pesquisa do IBGE. A queda foi de 0,4 ponto porcentual em relação a 2012, passando de uma fatia de 11,1% para 10,7% no período.
De acordo com o IBGE, a perda foi provocada pelos serviços financeiros, indústria de transformação e comércio de automóveis. Em quatro anos, a participação de São Paulo no PIB nacional recuou 0,8 ponto porcentual. Em 2010, a fatia do município mais rico do Brasil no PIB era de 11,5%.
Na direção oposta, o município que apresentou maior aumento em participação no PIB do país na passagem de 2012 para 2013 foi o Rio de Janeiro, que avançou 0,1 ponto porcentual, devido às grandes obras de infraestrutura.
As 27 capitais brasileiras responderam juntas por 32,8% da economia do país em 2013, uma redução em relação ao resultado de anos anteriores. Em 2010, as capitais participavam com 34,3%; em 2011, com 33,7%; e em 2012, com 33,4%.
Enquanto o município de São Paulo manteve a liderança do ranking de maior geração de riqueza em 2013, Palmas (TO) ocupou o último lugar. Florianópolis (SC) foi a única capital que não tinha o maior PIB entre os municípios de seu estado, onde foi ultrapassada por Joinville e Itajaí.
PIB per capita
Em 2013, o município de Presidente Kennedy, no Espírito Santo, registrou o maior PIB per capita do país: R$ 715.193,70. Para efeito de comparação, o PIB per capita do país no mesmo ano foi de R$ 26.444,63.
No segundo lugar do ranking de maior PIB per capita ficou São Gonçalo do Rio Abaixo, em Minas Gerais, com R$ 340.688,49. Em terceiro, Louveira, em São Paulo, com R$ 278.145,26.
Os demais destaques foram: Porto Real (RJ), R$ 255.658,30; Selvíria (MS), R$ 254.242,69; Ilha Comprida (SP), R$ 242.646,02; Quissamã (RJ), R$ 223.042,26; Triunfo (RS), R$ 215.393,60; São João da Barra (RJ), R$ 212.966,61; e Itapemirim (ES), R$ 187.712,94.
O IBGE informou que Ilha Comprida (SP), Quissamã (RJ), São João da Barra (RJ) e Itapemirim (ES) eram produtores de petróleo.
Em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), a extração de minério de ferro é a principal atividade econômica. Louveira (SP) era sede de centros de distribuição. Porto Real (RJ) sedia uma indústria automobilística.
Selvíria (MS) produzia eucalipto para as indústrias de celulose e possuía hidrelétrica. Triunfo (RS) era sede de um polo petroquímico importante.
O menor PIB per capita do país em 2013 foi do município de Nina Rodrigues, no Maranhão, apenas R$ 3.241,29. A economia local sustentava-se pela transferência de recursos federais: 63,4% do valor adicionado bruto total do município vinham da Administração Pública.
Entre as capitais, Vitória (ES) tinha o maior PIB per capita em 2013, R$ 64.001,91, enquanto Maceió (AL) tinha o menor, R$ 16.439,48.