Economia

Serasa: demanda por crédito desacelera no 1º semestre

Na comparação mensal, a demanda dos consumidores por crédito caiu 3% em junho ante maio

No entanto, o número de consumidores que procuraram crédito no primeiro semestre deste ano cresceu 13,7% em relação à 2010 (Creative Commons)

No entanto, o número de consumidores que procuraram crédito no primeiro semestre deste ano cresceu 13,7% em relação à 2010 (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 14h34.

São Paulo - O total de consumidores que procuraram crédito no primeiro semestre deste ano cresceu 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado no País, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. O resultado aponta desaceleração na demanda por crédito em comparação aos períodos anteriores.

No primeiro semestre de 2010, a busca por crédito havia registrado elevação de 16,6% ante o mesmo período de 2009; enquanto no segundo semestre de 2010, o indicador havia mostrado alta de 16,2% em relação ao mesmo período de 2009. Já na comparação mensal, a demanda dos consumidores por crédito caiu 3% em junho ante maio e subiu 21% em relação a junho do ano passado.

Os economistas da Serasa Experian avaliam que a desaceleração na demanda por crédito é resultado da elevação das taxas de juros e das medidas adotadas pelo governo federal. No entanto, com a desaceleração abaixo da esperada, a instituição acredita que devem ocorrer novas elevações da taxa Selic (a taxa básica de juros da economia) por parte do Banco Central neste segundo semestre, com o objetivo de conter ainda mais a busca por crédito e auxiliar no controle da inflação.

Segmentos

Os consumidores de baixa renda apresentaram o maior crescimento na busca por crédito no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado. Na faixa de renda mensal até R$ 500, a demanda subiu 34%.

Houve aumento na demanda por crédito também nas demais faixas salariais: renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil (19,2%), entre R$ 500 e R$ 1 mil (16%), entre R$ 2 mil e R$ 5 mil (13,6%), mais de R$ 10 mil (13,2%) e entre R$ 1 mil e R$ 2 mil (7,2%).

Na análise por regiões, a maior alta na demanda por crédito dos consumidores ocorreu no Nordeste (17,1%) na comparação entre o primeiro semestre de 2011 e o mesmo período de 2010. Em seguida aparecem Norte (14,2%), Sudeste (13,3%), Centro-Oeste (13,0%) e Sul (11,9%).

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