Economia

Será editado hoje MP que permitirá gastos de R$ 42,5 bilhões

Desse total, R$ 700 milhões dizem respeito a 18 projetos de lei com suplementações orçamentárias relativas a 2012

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior: se o governo não tivesse editado a MP, os investimentos federais de 2013 dependeriam exclusivamente dos restos a pagar deste ano (Marcello Casal Jr./ABr)

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior: se o governo não tivesse editado a MP, os investimentos federais de 2013 dependeriam exclusivamente dos restos a pagar deste ano (Marcello Casal Jr./ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 16h33.

Brasília – Para compensar o atraso na votação do Orçamento-Geral da União de 2013, o governo editará, ainda hoje (27), medida provisória (MP) para garantir a execução das ações previstas. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, detalhou, há pouco, a medida, que permitirá o gasto, no início do próximo ano, de R$ 42,5 bilhões referentes a investimentos federais, e créditos suplementares que não chegaram a ser votados pelo Congresso Nacional.

Desse total, R$ 700 milhões dizem respeito a 18 projetos de lei com suplementações orçamentárias relativas a 2012. As propostas chegaram a ser enviadas ao Congresso, mas não foram votadas a tempo. A MP prevê ainda a abertura de créditos para o Orçamento de 2012 para investimentos nos Três Poderes, num total de R$ 41,8 bilhões.

De acordo com a ministra, o montante de R$ 41,8 bilhões corresponde a um terço dos investimentos totais aprovados para 2013 pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). Segundo Miriam Belchior, a MP foi necessária para não interromper a execução dos investimentos federais no início de 2013. “Precisamos garantir que o empuxo [dos investimentos federais] do segundo semestre [de 2012] se espraie para o ano que vem, para que não haja problemas de continuidade em projetos importantes.”

A ministra se disse confiante de que o Orçamento de 2013 será aprovado no início de fevereiro. No entanto, disse que o governo resolveu editar a medida provisória por segurança, caso as votações se atrasem. “A aposta é que isso [aprovação do Orçamento] ocorrerá em fevereiro, o que reduziria impactos negativos da não votação em 2012, mas o governo tem de trabalhar com todos os cenários”, justificou.

Se o governo não tivesse editado a MP, os investimentos federais de 2013 dependeriam exclusivamente dos restos a pagar deste ano. Os restos a pagar são verbas de outros anos empenhadas (autorizadas) para serem gastas nos períodos seguintes. Os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) seguem a regra do duodécimo. A cada mês, o governo pode executar 1/12 das verbas de custeio do ano anterior caso o orçamento não seja aprovado.

Acompanhe tudo sobre:Ministério do PlanejamentoGovernoOrçamento federal

Mais de Economia

Lira acolhe só três de 99 emendas e mantém núcleo do projeto de isenção de IR até R$ 5 mil

Sem acordo, Congresso adia votação de MP alternativa ao IOF para véspera do prazo de validade

Antes de votação do IR, Lira diz que deve 'ajustar' pontos do projeto

Empresas de bets terão de bloquear cadastros de beneficiários do Bolsa Família e BPC/Loas