Economia

Sensor Econômico eleva previsão de crescimento

São Paulo - Pela terceira vez consecutiva, o Sensor Econômico, pesquisa mensal do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que avalia a percepção das entidades de classe do setor produtivo, apontou tendência de crescimento para o país. O resultado do bimestre maio-junho indica que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - Pela terceira vez consecutiva, o Sensor Econômico, pesquisa mensal do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que avalia a percepção das entidades de classe do setor produtivo, apontou tendência de crescimento para o país.

O resultado do bimestre maio-junho indica que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) poderá crescer 6,5% este ano. Nas duas pesquisas anteriores, a taxa tinha sido de 5,2% e de 5,5%.

No que se refere à inflação, o índice do período foi de 5,5%, ligeiramente superior ao do bimestre anterior, mas ainda dentro da meta estabelecida pelo Banco Central (BC), que é de até 6,5%. Quanto à taxa básica de juros da economia (Selic), o setor produtivo espera que encerre o ano com 11,5%. Em reunião na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) corrigiu a taxa de 10,25% para 10,75% ao ano.

Outro sinal positivo apontado pelo setor é de expansão da taxa de crescimento de 15%. Segundo o economista João Sicsú , responsável pela pesquisa, proporcionalmente ao PIB, o país deverá alcançar investimentos 3,5% superiores aos do ano passado, no que se refere aos projetos da União e das estatais. Somando-se aos volumes esperados nos municípios e estados, o crescimento deverá ser de 5%, o maior dos últimos 15 anos.

"A grande maioria desses investimentos deverá estar concentrada nas obras do PAC [Programa de de Aceleração do Crescimento] e da Petrobras", disse Sicsú, referindo-se, no último caso à exploração do petróleo da camada do pré-sal.

Para ele, os investimentos estão no rimo adequado, mas não de acordo com o futuro de um país desenvolvido. "[O ritmo dos investimentos está] de acordo com a superação de nosso passado recente de semiestagnação econômica, em que o investimento era muito baixo e a economia até crescia, mas com trajetória de voo de galinha: subia e caia. Agora, a tendência é de maior consistência, de crescimento da taxa de crescimento do investimento na economia brasileira."

Para destacar o bom desempenho da economia, Sicsú apontou a expectativa do sensor quanto à geração de empregos neste ano, que é mais de um 1,5 milhão de vagas com carteira assinada, e quanto à movimentação do comércio exterior, com exportações de US$ 180 bilhões, acima do volume de importações (US$ 160 bilhões).

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