Economia

Sensor do Ipea prevê expansão de 2,8% do PIB em 2012

Houve queda nas estimativas na comparação com o bimestre anterior, quando o Sensor projetava uma expansão do PIB para este ano de 3,2%

Moedas de real: o mercado financeiro, segundo pesquisa Focus divulgada nesta semana pelo BC, reduziu a previsão de expansão do PIB em 2012 para 2,05% (Bruno Domingos/Reuters)

Moedas de real: o mercado financeiro, segundo pesquisa Focus divulgada nesta semana pelo BC, reduziu a previsão de expansão do PIB em 2012 para 2,05% (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 15h37.

Brasília - O setor produtivo brasileiro ainda espera um crescimento de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. É o que revela o Sensor Econômico divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O documento refere-se ao terceiro bimestre do ano (maio/junho). Houve queda nas estimativas na comparação com o bimestre anterior, quando o Sensor projetava uma expansão do PIB para este ano de 3,2%. O Sensor Econômico traz as projeções bimestrais das entidades associativas do setor produtivo sobre vários indicadores econômicos. A pesquisa inclui entidades empresariais da agricultura, indústria e do comércio e serviços e de trabalhadores.

A expectativa das entidades consultadas ainda é superior às do mercado e do próprio Banco Central, que previu no último relatório de inflação um crescimento de 2,5% do PIB para este ano. O mercado financeiro, segundo pesquisa Focus divulgada nesta semana pelo BC, reduziu a previsão de expansão do PIB em 2012 para 2,05%.

Com relação à inflação, o Sensor Econômico do Ipea aponta para uma taxa de 5% neste ano. No segundo bimestre do ano, a previsão era bem próxima a isso, de 5,1%. As entidades associativas do setor produtivo preveem que a taxa básica de juros (Selic) para este ano será de 8%, ou seja, ainda esperam um corte da taxa de 0,5 ponto porcentual, já que a Selic atualmente está em 8,5% ao ano. Na pesquisa anterior divulgada pelo Ipea, a projeção para a Selic era de 9%.

Para a taxa de câmbio, as entidades consultadas projetaram cotação de R$ 1,93 por dólar no final de ano, frente R$ 1,80 por dólar na edição anterior do estudo. Sobre a variação do investimento, o Sensor Econômico apurou uma estimativa de aumento de 5,1% ante 5,7% projetado no segundo bimestre do ano.

As entidades consultadas preveem para este ano uma geração de 1,6 milhão de empregos formais, segundo o Sensor do terceiro bimestre. No bimestre anterior, a expectativa era de uma criação de 1,8 milhão de postos de empregos formais.

Comércio Exterior - Com relação ao comércio exterior, a expectativa das entidades associativas do setor produtivo é de um volume de exportações de US$ 265 bilhões neste ano (a projeção anterior era de US$ 268 bilhões). O valor é bem próximo à meta fixada para as vendas externas este ano pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de US$ 264 bilhões. No entanto, nesta semana, o próprio MDIC já admitiu que a meta de exportação pode ser revista em razão da crise internacional.

A pesquisa do Ipea aponta ainda para uma estimativa de importações neste ano de US$ 245 bilhões ante US$ 247 bilhões projetados no bimestre anterior.

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