Economia

Senadores cedem a Maia e negociam repasse extra do leilão de petróleo

Valor extra de R$ 2,19 bilhões do megaleilão atende a pedido do deputado, que criticou fato de o Rio receber valores menores do que outros Estados

Petróleo: valor de megaleilão será dividido entre Estados e municípios e Petrobras (Karen Bleier/AFP)

Petróleo: valor de megaleilão será dividido entre Estados e municípios e Petrobras (Karen Bleier/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de setembro de 2019 às 19h02.

Os senadores fecharam um acordo para destinar um repasse extra de R$ 2,19 bilhões do megaleilão do petróleo para Estados localizados em áreas produtoras. O pedido atende a uma demanda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que criticou o fato de o Rio receber valores menores do que outros Estados na divisão.

O leilão será realizado no dia 6 de novembro e tem outorga de R$ 106,561 bilhões. Desse total, a Petrobras ficará com R$ 33,6 bilhões e Estados e municípios terão R$ 21,9 bilhões. Pela proposta, os Estados ficam com 15% dos recursos e os municípios com outros 15%, descontada a quantia devida pela União à Petrobras.

O governo se comprometeu em apoiar uma emenda na proposta do senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) destinando, além dos 30% para governos estaduais e municipais, outros 3% para "Estados onde estejam geograficamente localizadas as jazidas de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, proporcionalmente à apuração do resultado da lavra ou exploração".

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), diz que o Rio de Janeiro será o principal beneficiado. O texto da emenda não define, no entanto, critérios sobre como ficará a distribuição entre os Estados de áreas produtoras.

A divisão para Estados, municípios e regiões produtoras exclui do bolo o que ficará com a Petrobras, ou seja, considera R$ 72 96 distribuídos entre os governos. De acordo com a proposta, relatada pelo senador Cid Gomes (PDT-CE), os governadores e prefeitos terão de obrigatoriamente destinar os valores para investimentos e aportes em fundos previdenciários.

No critério definido pelo Senado, Norte e Nordeste serão os mais beneficiados na divisão. Dos dez Estados que devem receber os repasses maiores, nove estão nessas duas regiões. A divisão desagradou a congressistas fluminenses. O Rio receberia R$ 326 136 milhões, ficando atrás de outros 17 Estados, entre eles Amapá, Acre e Bahia.

Acompanhe tudo sobre:LeilõesPetróleoRodrigo Maia

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições