EUA: a ex-presidente do Fed também se comprometeu a não interferir no mercado cambial (Joshua Roberts/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 12h44.
Última atualização em 22 de janeiro de 2021 às 12h51.
O Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos aprovou por unanimidade, nesta sexta-feira, 22, a nomeação de Janet Yellen para o cargo de secretária do Tesouro. A ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) participou de uma sabatina com os senadores na terça-feira, 19.
A indicação do novo presidente dos EUA, Joe Biden, precisa ainda ser ratificada pelo plenário da Casa, o que pode ocorrer ainda na sessão desta sexta. Depois de se tornar a primeira mulher a presidir a autoridade monetária americana, Yellen também pode ser primeira mulher a chefiar o Departamento do Tesouro.
Na sabatina de terça-feira, Yellen defendeu o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão de Biden e disse que é preciso "agir com grandeza" para combater a pandemia de covid-19 e impulsionar o crescimento econômico.
A ex-presidente do Fed também se comprometeu a não interferir no mercado cambial. "A variação do dólar e outras moedas deve ser determinada pelos mercados. Devemos nos opor a países que manipulam câmbio por vantagem competitiva", declarou na ocasião.
A indicada por Biden para comandar o Tesouro defendeu, ainda, um sistema tributário progressivo e a cobrança de mais impostos sobre os ricos e as grandes corporações. "Nós vamos assegurar a competitividade das empresas, mas com impostos um pouco mais altos", afirmou.