Economia

Senado aprova prorrogar apropriação de créditos do ICMS por Estados

O projeto adia de 2020 para 2033 o prazo que governos estaduais têm para se apropriar de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

Crédito do ICMS: governos estaduais terão até 2030 para se apropriar dos valores (Pixabay/Reprodução)

Crédito do ICMS: governos estaduais terão até 2030 para se apropriar dos valores (Pixabay/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 21h09.

O Senado aprovou um projeto que adia de 2020 para 2033 o prazo que governos estaduais poderão se apropriar de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A proposta segue para a Câmara e, caso não seja aprovada, de acordo com senadores, os Estados terão prejuízo ao ter que pagar créditos para empresas.

A Lei Kandir determina que empresas poderão ter créditos sobre produtos exportados. Os Estados podem, no entanto, se apropriar dos créditos relativos ao que as empresas pagam sobre energia, comunicações e insumos não usados no produto exportado até 1º de janeiro do ano que vem. A proposta aprovada no Senado alonga esse prazo por mais 13 anos. O período foi escolhido para coincidir com o fim dos incentivos fiscais previstos na legislação.

O senador Cid Gomes (PDT-CE), relator do projeto, defendeu que o texto seja aprovado pela Câmara e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro até o fim do ano. "Se isso não acontecer, todos os Estados brasileiros, mormente aqueles que têm maior participação nas exportações, terão um impacto fulminante nas suas receitas e no seu equilíbrio fiscal", afirmou. De acordo com ele, se a apropriação não for adiada, São Paulo, por exemplo terá um impacto de R$ 10 bilhões ao ano a partir de 2020 nas contas estaduais.

Acompanhe tudo sobre:Estados brasileirosICMSSenado

Mais de Economia

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024