Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, durante evento em São Paulo (Rodrigo Caetano/Exame)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 11h41.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 11h51.
Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, fez um elogio ao ministro Fernando Haddad durante um evento em São Paulo, nesta terça, 27.
"É vital que o Brasil crie condições para o setor privado investir e crescer. Eu parabenizo o ministro [Fernando] Haddad por conquistar uma reforma tributária realmente histórica. Isso melhorará o modo de fazer negócios aqui, incluindo para empresas americanas buscando investir", disse, em seu discurso inicial.
Yellen participou de um painel com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, organizado pela Amcham (Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos), na Sala São Paulo. O evento teria a presença de Haddad, mas o ministro pegou Covid e não pode comparecer. Marina veio em seu lugar.
A secretária americana veio ao Brasil para participar do encontro de ministros da economia do G20, realizada em São Paulo nesta semana.
Yellen também disse que os EUA querem ajudar o Brasil a explorar oportunidades no exterior. "Há uma grande oportunidade para o Brasil se tornar mais integrado às cadeias globais de valor, e os EUA serão um forte parceiro do Brasil neste esforço. Passos como lidar com altas tarifas externas e avançar na adoção de regras e padrões da OCDE poderiam tornar o Brasil mais atrativo a investidores estrangeiros", comentou.
"O Brasil está particularmente bem posicionado para se beneficiar da transição global para a neutralidade de carbono. Você tem a vantagem de ter uma matriz energética já largamente baseada em renováveis", prosseguiu. Ela destacou oportunidades para o setor privado em áreas como transição energética, alimentos feitos a partir de plantas e a indústria de cosméticos.
Em sua fala, a secretária também buscou destacar o bom momento da economia americana. "O crescimento do PIB dos EUA é forte e a inflação caiu significativamente. Temos também um forte mercado de trabalho. A taxa de desemprego está perto de mínimas históricas. Mais americanos estão trabalhando agora do que antes da pandemia, e os salários reais estão subindo. Estamos focados agora em crescer a economia no longo prazo".