Gado em uma fazenda de Barretos, no interior de São Paulo (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 21h43.
São Paulo - O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, anunciou nesta terça-feira um recorde no valor do boi gordo devido à falta de chuva no estado.
De acordo com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa o preço do boi gordo, acompanhado pelo instituto desde 1994, fechou a R$ 135,20 nesta terça, o maior valor em 20 anos e cerca de 0,19% superior ao último recorde, registrado em novembro de 2010.
Segundo o Cepea, 'os aumentos de preços são resultado da menor oferta, devido principalmente à seca, que vem prejudicando as condições das pastagens e, consequentemente, a engorda dos animais ao longo do ano'.
A alta impacta diretamente no preço final do consumidor, levando a carne a um preço médio de R$ 8,21/kg, bem próximo da média verificada em novembro de 2010, de R$ 8,60/kg quando foi registrado o último recorde real no preço da carne.
Ainda segundo o Cepea, a valorização do boi gordo pressiona também os preços de bezerros, que vem registrando recordes consecutivos desde 2013 (o último foi na semana passada, dia 14, quando o preço do animal chegou a R$ 1.109,27).
Nesta terça, a cotação do bezerro nelore, de 8 a 12 meses, em Mato Grosso do Sul fechou a R$ 1.091,94, pressionado também pelo abate de fêmeas devido à valorização do animal.
Segundo dados do IBGE apresentados pelo Cepea, foram abatidos 14,46 milhões de vacas e novilhos, recorde que superou em 10% o último recorde registrado em 2006.