Economia

Seca causa "prejuízo" de 30% na safra de café da Cooxupé

Antes da seca, a cooperativa previa uma safra de 10 milhões de sacas nas regiões em que atua, disse o presidente

Produtor de café brasileiro ajusta o sistema de irrigação de uma fazenda em Santo Antonio do Jardim (Paulo Whitaker/Reuters)

Produtor de café brasileiro ajusta o sistema de irrigação de uma fazenda em Santo Antonio do Jardim (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 15h42.

São Paulo - A Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, estimou nesta quinta-feira que a severa seca que atingiu suas áreas produtoras deve causar perdas de 30 por cento em relação à safra esperada em 2014.

Antes da seca, a cooperativa previa uma safra de 10 milhões de sacas nas regiões em que atua, disse o presidente da instituição, Carlos Paulino da Costa, em entrevista à Reuters.

A Cooxupé atua predominantemente no sul de Minas Gerais, Estado que responde por cerca de metade da safra nacional.

"Garanto que o prejuízo está em torno de 30 por cento", disse Paulino da Costa.

"Isso vai depender da chuva. Se chover, para o prejuízo. Se continuar (a seca), o prejuízo vai continuar aumentando", afirmou ele.

A produção da região da Cooxupé --entre cooperados e não cooperados-- representa aproximadamente um quinto da produção nacional.

A safra deste ano de café do Brasil, maior produtor e exportador global, foi estimada no início de janeiro, antes da seca, em 48,34 milhões de sacas de 60 kg.

Antes da seca, a Cooxupé previa uma produção em 2014 praticamente estável na comparação com a safra passada.

Os futuros de café arábica negociados em Nova York passaram a cair mais de 1 por cento, após notícia da Reuters nesta tarde apontando que Minas Gerais receberá volumes significativos de chuvas no final de semana.

Por volta das 15h45, os futuros do café devolveram as perdas, subindo 0,1 por cento.

Paulino da Costa explicou que a seca afeta a safra 2014 basicamente de duas formas: o café que consegue "granar" não cresce adequadamente; e outros frutos afetados acabam ficando "secos".

"Olha a fruta e ela parece muito boa, mas olha dentro dela e ela está seca. Esse que é o prejuízo maior, este não recupera mais", afirmou o executivo.

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