Economia

"Se pudesse privatizar hoje, privatizaria", diz Bolsonaro sobre Correios

Bolsonaro ressaltou, contudo, que não pode prejudicar servidores da estatal

Bolsonaro: "Você mexe nessas privatizações com centenas, milhares, dezenas de milhares de servidores. É um passivo grande, você tem que buscar solução para tudo isso" (Alan Santos/PR/Flickr)

Bolsonaro: "Você mexe nessas privatizações com centenas, milhares, dezenas de milhares de servidores. É um passivo grande, você tem que buscar solução para tudo isso" (Alan Santos/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 13h57.

Última atualização em 7 de janeiro de 2020 às 13h59.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que, se pudesse, privatizaria imediatamente os Correios, ao ser questionado se pretende vender a estatal até o final do ano, mas ressaltou que há dificuldades e que não pode prejudicar os servidores. Os Correios foram incluídos no ano passado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que reúne as privatizações e concessões do governo federal.

"A gente pretende (privatizar ainda em 2020). Se pudesse privatizar hoje, privatizaria, mas não posso prejudicar o servidor dos Correios', disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro destacou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada no ano passado, que de "empresas-mães" precisam de autorização do Congresso para serem vendidas e disse que a privatizações "não são fáceis".

"As privatizações, vocês sabem, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as empresas-mães, a privatização tem que passar pelo Parlamento. Você mexe nessas privatizações com centenas, milhares, dezenas de milhares de servidores. É um passivo grande, você tem que buscar solução para tudo isso, não pode jogar os caras para cima, eles têm que ter as suas garantias. Você tem que ter um comprador para aquilo. É devagar, você tem o TCU (Tribunal de Contas da União) com lupa em cima de você. Não são fáceis as privatizações. Não são fáceis".

O presidente ainda disse que as privatizações estão em "boas mãos", referindo-se ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao Secretário de Desestatização, Salim Mattar.

"Não é fácil resolver essas questões. Estão em boas mãos, do Salim Mattar, do Paulo Guedes. (Vamos) Buscar solução para isso".

 

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