Economia

Se Poderes não conversam, ‘as coisas vão mal’, diz Haddad em meio a discussões sobre IOF

Ministro vê na harmonia institucional um pilar para atração de capital e retomada da credibilidade

Haddad: ministro ressaltou que o clima de cooperação entre os poderes é um dos principais fatores observados por investidores (Dney Justino / Audiovisual / PR)

Haddad: ministro ressaltou que o clima de cooperação entre os poderes é um dos principais fatores observados por investidores (Dney Justino / Audiovisual / PR)

Agência o Globo
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Publicado em 30 de maio de 2025 às 07h22.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu hoje que a harmonia entre os Três Poderes da República é essencial para que o país avance e consiga atrair investimentos. Segundo ele, a retomada da confiança no país passa não apenas por indicadores econômicos, mas também por estabilidade política e diálogo institucional.

— Posso dizer para vocês com certeza, a questão política de um país é muito mais importante do que as pessoas imaginam. Se os poderes da república não estão conversando entre si, o judiciário, legislativo e executivo, as coisas vão mal — disse Haddad, durante cerimônia de retomada das operações do Porto de Itajaí, em Santa Catarina.

A afirmação foi feita em um momento de debate entre Congresso e governo sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Haddad ressaltou que o clima de cooperação entre os poderes é um dos principais fatores observados por investidores, especialmente aqueles que apostam em projetos de longo prazo. Ele ainda destacou que, mesmo com a taxa básica de juros ainda elevada (hoje em 14,75%), há uma retomada do apetite por investimentos devido à expectativa de retorno em projetos estruturantes.

— O que está acontecendo é que o juro pode estar alto, mas o empresário que pensa no longo prazo não está olhando para o juro alto hoje, ele está olhando para a taxa de retorno do investimento dele ao longo do tempo — explicou.

Haddad citou os dados mais recentes do mercado de trabalho como evidência da retomada econômica. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil abriu 257.528 vagas formais em abril, resultado acima do esperado por analistas.

— A inflação está caindo e o emprego está na máxima histórica porque as oportunidades de emprego estão aparecendo porque tem empresa investindo, tem comando presidencial, tem conversa com investidores e empresários para a gente gerar oportunidades nesse país — destacou.

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