Economia

Se necessário, Europa preparará retaliação a tarifas dos EUA

Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, decretou tarifas de importação de 25 por cento sobre o aço e de 10 por cento para alumínio

União Europeia: "Eu acho que na visão de Trump do mundo, quando a outra pessoa perde, ele ganha. Mas nesta situação não haverá vencedores", disse Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia (John Kolesidis/Reuters)

União Europeia: "Eu acho que na visão de Trump do mundo, quando a outra pessoa perde, ele ganha. Mas nesta situação não haverá vencedores", disse Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia (John Kolesidis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de março de 2018 às 19h22.

Última atualização em 12 de março de 2018 às 19h22.

Dilligen, Alemanha - A Europa não entende a lógica das tarifas de aço impostas pelos Estados Unidos com base em preocupações de segurança nacional, mas preparará medidas de retaliação, se necessário, disse o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, nesta segunda-feira.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, decretou tarifas de importação de 25 por cento sobre o aço e de 10 por cento para alumínio, isentando apenas Canadá e México, e oferecendo a possibilidade de excluir outros aliados.

Descrevendo o dumping de aço e alumínio no mercado norte-americano como "um ataque ao nosso país", Trump disse que o melhor resultado seria que as empresas mudassem suas instalações para os Estados Unidos. Ele insistiu que a produção nacional de metais é vital para a segurança nacional norte-americana.

Timmermans disse que, se o motivo das medidas de Trump for a segurança, então não deveria haver razão para impor essas tarifas na Europa.

"Como o aço europeu é uma ameaça para os EUA?", disse Timmermans em uma conferência de aço realizada em Dillingen, na Alemanha. "Temos um relacionamento diferente em questões de segurança nacional do que os EUA têm com a China".

"Se for necessário, prepararemos contramedidas, mas estas serão conforme às regras da Organização Mundial do Comércio", acrescentou Timmermans.

"Eu acho que na visão de Trump do mundo, quando a outra pessoa perde, ele ganha. Mas nesta situação não haverá vencedores".

 

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