Economia

“Se depender de mim, não tem outra medida fiscal”, diz Lula sobre ajuste nas contas públicas

As afirmações do presidente ocorreram em meio ao intenso debate no mercado e na academia sobre a sustentabilidade da trajetória da dívida pública

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 12h18.

Última atualização em 30 de janeiro de 2025 às 16h12.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou categoricamente nesta quinta-feira, 30, que, se depender dele, novas medidas fiscais não serão adotas pelo governo para cortar gastos. A declaração do chefe do Executivo foi realizada durante coletiva à imprensa no Palácio do Planalto.

“Estabilidade fiscal é uma questão muito importante para o governo e para mim. A gente quer fazer o menor déficit possível. Eu não tenho outra medida fiscal. Se apresentar durante o ano, a necessidade de fazer alguma coisa, vamos reunir o governo e discutir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal”, disse.

As afirmações de Lula ocorreram em meio ao intenso debate no mercado e na academia sobre a sustentabilidade da trajetória da dívida pública.

O mandatário ainda criticou o mercado ao afirmar que quem errou as projeções para o resultado fiscal deveria se desculpar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O presidente ainda disse que se fosse necessário fazer uma dívida para construir um novo ativo, isso seria feito.

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“Você sabe que quando a gente manda um Orçamento para o Congresso Nacional, a gente já manda um Orçamento com todas as previsões do que pode acontecer no futuro. 0,1% é zero. As pessoas que passaram o ano inteiro falando de déficit fiscal deveriam pedir desculpas ao Haddad”, disse.

Segundo Lula, o ajuste fiscal sempre recai sobre os mais pobres e ele não tomará medidas para prejudicar os mais humildes “O que não posso é levar o povo mais humilde ao sacrifício”, disse.

Lula ainda afirmou que pensará no desenvolvimento sustentável do país sem que os mais pobres paguem o preço.

“Vamos pensar no desenvolvimento sustentável do país, mantendo estabilidade fiscal, sem que o povo pobre pague o preço de um corte de gastos desnecessário”, disse.

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