Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 12h18.
Última atualização em 30 de janeiro de 2025 às 16h12.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou categoricamente nesta quinta-feira, 30, que, se depender dele, novas medidas fiscais não serão adotas pelo governo para cortar gastos. A declaração do chefe do Executivo foi realizada durante coletiva à imprensa no Palácio do Planalto.
“Estabilidade fiscal é uma questão muito importante para o governo e para mim. A gente quer fazer o menor déficit possível. Eu não tenho outra medida fiscal. Se apresentar durante o ano, a necessidade de fazer alguma coisa, vamos reunir o governo e discutir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal”, disse.
As afirmações de Lula ocorreram em meio ao intenso debate no mercado e na academia sobre a sustentabilidade da trajetória da dívida pública.
O mandatário ainda criticou o mercado ao afirmar que quem errou as projeções para o resultado fiscal deveria se desculpar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O presidente ainda disse que se fosse necessário fazer uma dívida para construir um novo ativo, isso seria feito.
Isenção do IR a R$ 5 mil: Lula diz que faltam apenas ajustes para enviar proposta ao Congresso“Você sabe que quando a gente manda um Orçamento para o Congresso Nacional, a gente já manda um Orçamento com todas as previsões do que pode acontecer no futuro. 0,1% é zero. As pessoas que passaram o ano inteiro falando de déficit fiscal deveriam pedir desculpas ao Haddad”, disse.
Segundo Lula, o ajuste fiscal sempre recai sobre os mais pobres e ele não tomará medidas para prejudicar os mais humildes “O que não posso é levar o povo mais humilde ao sacrifício”, disse.
Lula ainda afirmou que pensará no desenvolvimento sustentável do país sem que os mais pobres paguem o preço.
“Vamos pensar no desenvolvimento sustentável do país, mantendo estabilidade fiscal, sem que o povo pobre pague o preço de um corte de gastos desnecessário”, disse.