Economia

Sarkozy e Merkel advertem para bloqueio de ajuda a Grécia

Os líderes da França e da Alemanha advertiram nesta segunda-feira que os novos fundos podem ser bloqueados se as autoridades gregas não iniciarem as reformas prometidas

Angela Merkel e Nicolas Sarkozy: a chanceler alemã declarou que 'o tempo pressiona' e pediu uma atuação rápida (Julien M. Hekimian/Getty Images)

Angela Merkel e Nicolas Sarkozy: a chanceler alemã declarou que 'o tempo pressiona' e pediu uma atuação rápida (Julien M. Hekimian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 19h23.

Paris - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, advertiram nesta segunda-feira à Grécia que os novos fundos podem ser bloqueados se as autoridades do país não iniciarem as reformas prometidas.

'A situação da Grécia tem que ser resolvida de uma vez por todas', afirmou Sarkozy ao término do conselho de ministros franco-alemão que aconteceu nesta segunda em Paris.

Merkel declarou que 'o tempo pressiona' e pediu uma atuação rápida, visto que a situação gerada pelo atraso na aplicação das reformas na Grécia representa 'um desafio considerável'.

Os líderes da França e Alemanha fizeram um apelo ao governo e aos líderes do partido socialista e conservador gregos para que entrem em acordo na adoção das reformas estipuladas com a 'troika' internacional - formada pelo Banco Central Europeu (BCE), a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

'Os elementos do acordo nunca estiveram tão perto, tanto no que se refere aos credores privados quanto aos públicos. Mas o acordo deve ser finalizado. Não imaginamos que não haja acordo', indicou Sarkozy.

Tanto o presidente francês quanto a chanceler alemã se manifestaram favoráveis a que os juros que a Grécia deve pagar por sua dívida sejam depositados em uma conta bloqueada para garantir sua quitação.

Sarkozy acrescentou que a Europa 'concedeu à Grécia meios consideráveis' e que o país adquiriu compromissos que devem ser respeitados 'escrupulosamente'.

'Não há outra opção', indicou o presidente francês, enquanto Merkel considerou que 'não pode haver acordo se não há o cumprimento dos compromissos adquiridos com a troika'. 

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