Economia

Saque aniversário do FGTS já teve adesão de 823 mil trabalhadores

Segundo o Ministério da Economia, o valor retirado das contas soma um total de R$ 6 bilhões

FGTS: mais de 800 mil trabalhadores já aderiram à nova modalidade de saque do fundo de garantia (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

FGTS: mais de 800 mil trabalhadores já aderiram à nova modalidade de saque do fundo de garantia (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 15h47.

Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 15h49.

Brasília – O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta terça-feira que 823 mil trabalhadores já optaram pelo saque aniversário do FGTS, nova modalidade de acesso aos recursos do Fundo.

Segundo Sachsida, o saldo dessas contas totaliza 6,066 bilhões de reais, e a estimativa é que, no ano que vem, os saques somem 1,1 bilhão de reais.

"Os trabalhadores estão migrando agora, em um volume de 15 mil ao dia, para o saque aniversário. Isso já gerou saldo de recebíveis de 1,1 bilhão de reais. Estamos criando mercado de recebíveis que é metade do consignado privado", afirmou o secretário em entrevista coletiva.

O saque aniversário contempla a possibilidade de retirada anual de parcela do saldo da conta do FGTS. Quem opta por essa modalidade, que vale para contas ativas e inativas, perde o direito de efetuar o saque em caso de rescisão de contrato de trabalho.

Dpvat

Sachsida elogiou o fim do DPVAT, seguro obrigatório de veículos extinto, a partir de 2020, por Medida Provisória editada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro.

"O DPVAT não é transparente, é extremamente ineficiente, ele não estava em situação de equilíbrio. Se quiser manter DPVAT, vai ter de aumentar o preço dele entre 3 e 4 vezes. Para quê? Para ter um sistema ineficiente, pouco transparente?", afirmou.

Sachsida também defendeu proposta do governo de desobrigar empresas a publicar seus balanços em jornais impressos.

Na semana passada, comissão de deputados e senadores que analisava a Medida Provisória editada pelo governo Jair Bolsonaro com a proposta rejeitou relatório favorável à medida.

"O que posso dizer com transparência é que a medida, tecnicamente, está correta. Se sofreu resistência no Congresso, é porque, em algum momento, nossa secretaria falhou", disse Sachsida em entrevista coletiva. "Se o governo decidir reenviar a medida, vou chamar minha equipe para trabalhar melhor."

Em agosto, quando assinou a MP, Bolsonaro afirmou que a iniciativa de acabar com a obrigação da publicação dos balanços em meio impresso foi uma retribuição dele a parte dos ataques que diz ter sofrido da imprensa.

Sachsida, cuja secretaria foi responsável por elaborar a exposição de motivos da MP, defendeu a iniciativa do governo.

"As empresas gastam, em média, 1 milhão de reais por ano para publicar esses balanços. Alguém aqui acha que pessoas se informam sobre balanço de empresa olhando em jornal impresso? Isso não acontece mais, acontece em sites", afirmou.

(Por Gabriel Ponte)

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