Economia

São Paulo fica entre 20 piores em ranking econômico global

Todas as 11 cidades brasileiras entre as 300 maiores do mundo ficaram na segunda metade em ranking de performance econômica em 2013- 2014, diz Brookings


	Visão aérea do Centro de São Paulo
 (Ana Paula Hirama/ Wikimedia Commons)

Visão aérea do Centro de São Paulo (Ana Paula Hirama/ Wikimedia Commons)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 12h04.

São Paulo - As cidades brasileiras não tiveram uma boa performance econômica em 2013 e 2014, de acordo com um novo ranking divulgado pelo Instituto Brookings e o JP Morgan Chase.

Das 300 maiores áreas metropolitanas do mundo, 11 estão no Brasil, e todas aparecem na segunda metade da lista. A melhor posição ficou com o Rio de Janeiro, no 162º lugar, com queda de 0,2% no PIB per capita mas aumento de 1,8% no emprego, os dois itens analisados no índice. 

Em seguida vem Fortaleza em 174º, Curitiba em 181º e Belo Horizonte em 187º. As piores colocadas são São Paulo em 284º, Porto Alegre em 290º e Campinas em 291º.

O primeiro lugar global ficou com Macau, a Las Vegas chinesa, que ultrapassou a Suíça recentemente como o maior PIB per capita do mundo.

Em seguida vem três cidades turcas - Izmir, Istambul e Bursa - seguidas por Dubai e três cidades chinesas - Kunming, Hangzhou e Xiamen. A China emplacou metade do top 15 das cidades que mais crescem, mesmo com a desaceleração econômica.

De forma geral, os países em desenvolvimento dominam os primeiros lugares, mas a novidade deste ano é a volta de cidades americanas e britânicas.

O top 60 já conta com quatro representantes dos Estados Unidos (Austin, Houston, Raleigh e Fresno) e dois do Reino Unido (Londres e Manchester).

“Quando você olha a economia global por uma lente metropolitana, você vê como o crescimento é desigual em todas as grandes regiões. Nas economias desenvolvidas da América do Norte e Europa ocidental, cidades como Londres e Houston estão voando enquanto outras como Rotterdam e Montreal estão lutando. Os mercados em desenvolvimento estão crescendo mais rápido no geral, mas diferenças vastas separam as cidades da China central daquelas do nordeste, ou cidades no Peru e na Colômbia daquelas no Brasil e Argentina", diz Joseph Parilla, pesquisador do Brooking e principal autor do estudo.

As 300 maiores áreas metropolitanas do mundo são responsáveis por quase metade do PIB global apesar de terem apenas cerca de 20% da população e dos empregos.

Em 2014, um terço delas foram "bolsões de crescimento", superando em crescimento de renda e emprego os países onde estão. Seis anos após a crise financeira, a maioria das cidades atingiu ou superou seus níveis de renda e emprego pré-recessão, o que não ocorreu, no entanto, em 57% das grandes áreas metropolitanas da América do Norte e 65% das grandes cidades na Europa ocidental.

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