Economia

Santander piora cenário econômico para Brasil e vê Selic a 11,5% em 2022

Banco espera expansão de 1% para o PIB e inflação de 5,2% em 2022

Economia brasileira: Prévia do PIB, mostrou recuo de 0,68% entre janeiro a março de 2019.  Foto: Ingo Roesler / Getty Images (Ingo Roesler/Getty Images)

Economia brasileira: Prévia do PIB, mostrou recuo de 0,68% entre janeiro a março de 2019. Foto: Ingo Roesler / Getty Images (Ingo Roesler/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 5 de novembro de 2021 às 10h43.

A equipe de macroeconomia do Santander Brasil revisou projeções para a economia brasileira e agora espera expansão de 1% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, de crescimento de 1,5% anteriormente, enquanto a Selic deve terminar o próximo ano em 11,5%, de estimativa anterior de 9%.

Ana Paula Vescovi e equipe destacaram que houve importantes sinais de mudanças na política fiscal, principalmente no arcabouço legal do teto de gastos, que tem sido a principal âncora fiscal nos últimos anos, e chamaram a atenção para o elevado grau de incerteza sobre os rumos da política econômica.

Para 2021, o Santander manteve a projeção de alta de 4,9% do PIB, mas para 2023 cortou a previsão de crescimento de 0,8% para estabilidade. No caso da Selic, mudou de 8,25% para 9,25% a taxa esperada para o final deste ano e de 7% para 9% no fim de 2023.

Em relação ao IPCA, o banco agora calcula altas de 9,6%, 5,2% e 3,5% em 2021, 2022 e 2023, de previsão anterior de 9%, 4,7% e 3,3%. Para a taxa de câmbio, prevê o dólar a 5,50 reais neste ano (de estimativa anterior de 5,35 reais), passando a 5,70 reais no próximo (de 5,55 reais). Para 2023, manteve em 5,20 reis.

A PEC dos Precatórios, aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados nesta semana, "surpreendeu claramente os mercados (nós inclusive), tanto em termos do montante de despesas adicionais propostas, mas também em termos do 'veículo legal' utilizado para afrouxar a restrição orçamentária em 2022".

A equipe do banco ponderou que as mudanças ainda precisam ser aprovadas em outras etapas no Congresso Nacional, mas que a discussão já teve impacto sobre as condições de mercado - com forte aumento da volatilidade nos preços de ativos brasileiros - e resultou em expectativas econômicas menos otimistas.

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