Economia

Saneamento básico precisa de empresas públicas e privadas

Brasília - As instituições públicas e privadas não são capazes de universalizar o serviço de saneamento básico brasileiro por conta própria. Esta é a opinião do presidente do Sindicato Interestadual das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sintercon), Carlos Henrique da Cruz Lima. "Para resolver o problema de saneamento no Brasil, nem a […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - As instituições públicas e privadas não são capazes de universalizar o serviço de saneamento básico brasileiro por conta própria. Esta é a opinião do presidente do Sindicato Interestadual das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sintercon), Carlos Henrique da Cruz Lima.

"Para resolver o problema de saneamento no Brasil, nem a iniciativa privada nem as empresas públicas darão conta sozinhas. É preciso que a gente dê as mãos e enfrente esse grave problema", disse hoje (16), em entrevista ao Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM.

De acordo com o presidente do sindicato, apesar da sanção da Lei 8.987 em 1995, que estabelece diretrizes para as licitações nas concessões de água e esgoto, o setor privado corresponde a uma parcela pequena desses serviços. "Passados 15 anos dessa lei, apenas 10% da população conta com esses serviços operados por empresas privadas. Os outros 90% são empresas estatais".

Lima afirmou ainda que os agentes privados estão preparados para crescer nesse mercado, desenvolvimento que será possível devido à Lei 11.445, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007. "Há apenas três anos esse mercado ficou regulado. A partir daí a participação da iniciativa privada começa a crescer, porque você encontra as bases legais para investir e ter retorno desse investimento". Conhecida como Lei do Saneamento Básico, a norma regulamenta as políticas públicas para a área.

Segundo dados do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto de 2008, do Ministério das Cidades, falta água potável para 19,8% da população brasileira. Os serviços de coleta e tratamento de esgoto atendem a menos da metade dos brasileiros: 43,2% e 34,6%, respectivamente.

A partir de amanhã (17) até o dia 20, o Sintercon promove o 2º Encontro Nacional das Águas, no Rio de Janeiro. No evento, serão discutidas questões como recursos humanos, tecnologia, gestão comercial e assuntos jurídicos e regulatórios.

Leia mais notícias sobre infraestrutura

Siga as notícias do site EXAME sobre Economia no Twitter

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilInfraestruturaSaneamento

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs