Economia

Sanções dos EUA abalam esperança russa de boom nos investimentos

Depois que Trump assumiu como presidente dos EUA, alguns investidores disseram que estariam dispostos a cogitar novos acordos com empresas russas

Empresários russos acreditam que não há perspectiva imediata dos EUA abrandar sua postura com a Rússia (Maxim Shemetov/Reuters)

Empresários russos acreditam que não há perspectiva imediata dos EUA abrandar sua postura com a Rússia (Maxim Shemetov/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 09h37.

Moscou - As novas sanções dos Estados Unidos contra Moscou levaram líderes empresariais da Rússia a reconhecerem que a chegada de Donald Trump ao poder não irá levar a um boom de investimentos estrangeiros.

Depois que Trump assumiu como presidente dos EUA, alguns investidores disseram que estariam dispostos a cogitar novos acordos com empresas russas se vissem sinais de que os laços bilaterais estavam melhorando e que as restrições norte-americanas a negócios com a Rússia estavam sendo amenizadas.

Mas as novas sanções, aprovadas por Trump em 2 de agosto, acrescentam novas medidas e codificam seis decretos assinados pelo ex-presidente Barack Obama, tornando mais difícil para Trump revogá-las.

Para a comunidade empresarial de Moscou, a mensagem é clara: não há perspectiva imediata de Washington abrandar sua postura com a Rússia.

"A Rússia enfrenta a codificação de sanções que parecem indicar que serão tremendamente difíceis de suspender e que provavelmente continuarão em vigor por um prazo muito longo", disse Tim Ash, estrategista da administradora de recursos BlueBay de Londres.

"O simples fato de que os EUA e governos ocidentais... consideraram apropriado impor sanções à Rússia envia ao menos um alerta laranja às empresas ocidentais: sejam cuidadosas em suas transações com a Rússia".

Inicialmente os EUA impuseram restrições financeiras e de viagens a Moscou em 2014, depois que a Rússia anexou a península da Crimeia da Ucrânia na esteira da queda de um presidente pró-Moscou em Kiev.

As medidas mais recentes permitem ao Congresso bloquear qualquer esforço do presidente de suavizar ou suspender as sanções existentes, endurecem algumas delas e impõem novas restrições a alguns setores.

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