Economia

Sanções da UE voltadas aos gigantes russos do petróleo

Novas sanções contra a Rússia que devem ser anunciadas limitarão acesso aos mercados financeiros de companhias de petróleo, como a filial da Gazprom

O presidente russo, Vladimir Putin (E), e o CEO da Gazprom, Alexei Miller (Alexey Nikolsky/AFP)

O presidente russo, Vladimir Putin (E), e o CEO da Gazprom, Alexei Miller (Alexey Nikolsky/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 10h08.

Bruxelas - As novas sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia que devem ser anunciadas nesta segunda-feira limitarão o acesso aos mercados financeiros das companhias russas do setor petrolífero Rosneft e Transneft, assim como da filial petrolífera da Gazprom, indicaram fontes diplomáticas.

Devido ao fato de que estas três companhias têm mais de 50% de seu capital controlado pelo Estado russo, cumprem os critérios definidos para esta nova rodada de sanções econômicas contra a Rússia por seu envolvimento no conflito da Ucrânia, indicou uma fonte.

A UE resolveu em julho aplicar sanções econômicas contra a Rússia depois que um avião de passageiros foi derrubado na Ucrânia.

Em julho, a UE vedou o acesso de entidades públicas russas ao mercado de capitais europeus proibindo a todo cidadão ou empresa comunitária comprar títulos com um prazo superior a 90 dias.

A UE levará agora esta medida a um prazo máximo de 30 dias, limitando, assim, ainda mais o acesso dos bancos públicos russos a capitais.

Os 28 países membros entraram em acordo sobre o novo pacote de medidas na última sexta-feira, e ele deve ser aprovado formalmente nesta segunda-feira.

Segundo Bruxelas, 31,72% do petróleo que a UE importou em 2013 é proveniente da Rússia, ou seja, 1,1 milhão de barris.

As novas sanções cobrem as mesmas áreas que as decididas em julho: restrição do acesso aos mercados financeiros, proibição de comercializar armamento, restrição de comércio das tecnologias de uso duplo - civil e militar -, restrição ao acesso de tecnologia para a exploração de petróleo não convencional (shale oil, extração em águas profundas, exploração no Ártico).

A nova rodada de sanções também acrescenta mais pessoas à lista de sancionados com proibição de visto à UE e congelamento de eventuais bens no território de algum país membro do bloco.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEuropaPetróleoRússiaUcrâniaUnião Europeia

Mais de Economia

Estamos performando melhor, diz Haddad sobre descongelamento de R$ 1,7 bi do Orçamento

Free Flow: a revolução do transporte rodoviário no Brasil

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025