Estande da Samsung no evento CES 2010: até 90 por cento dos fertilizantes da nova indústria serão exportados para Brasil e Argentina (Ethan Miller / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 21h19.
La Paz - A Bolívia fechou nesta quinta-feira um contrato de 844 milhões de dólares com a Samsung Engineering para a construção de uma grande fábrica de uréia e amoníaco, que marcará a entrada do grupo sul-coreano na indústria de fertilizantes da América Latina.
O complexo, financiado totalmente com crédito do Banco Central da Bolívia à petrolífera estatal YPFB, entrará em funcionamento no último trimestre de 2015, disseram autoridades, que qualificaram o projeto como um dos pilares para a industrialização do país.
As autoridades asseguraram que a unidade, que será construída em Cochabamba, utilizará como matéria-prima 1,4 milhão de metros cúbicos diários de gás natural, sem afetar as exportações do produto para Argentina e Brasil.
O financiamento sem precedentes do BCB foi destacado pelo presidente boliviano, Evo Morales, como fruto da nacionalização de hidrocarbonetos decretada em 2006, que permitiu multiplicar em oito as reservas internacionais do país, em até 13 bilhões de dólares.
Autoridades afirmaram que até 90 por cento dos fertilizantes da nova indústria serão exportados para Brasil e Argentina.