O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras: Grécia saiu da unidade de terapia intensiva, embora não do hospital (©AFP / Thierry Charlier)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2013 às 16h45.
Atenas - O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, prometeu neste sábado que não haverá novas medidas de ajuste e afirmou que a Grécia 'saiu da unidade de terapia intensiva, embora não do hospital'.
Em reunião do Comitê Político de seu partido, o conservador Nova Democracia, Samaras se mostrou otimista com relação ao futuro econômico e sustentou que 'em breve tudo o que o país passou, será somente um má lembrança'.
O líder conservador disse que o partido que dirige o Governo - em coalizão com os social-democrata do Pasok e a esquerda moderada Dimar- conseguiu seus objetivos: manter a Grécia na zona do euro, diminuir a dívida pública mediante uma ampliação do prazo para reduzir seu déficit e uma redução dos juros dos empréstimos bilaterais.
Samaras reconheceu que a população teve que suportar duras medidas de austeridade e prometeu que não haverá mais ajustes.
'O país está passando por momentos duros, mas seria muito pior se não tivéssemos feito o que fizemos. Então o país se encontraria perante uma tragédia', afirmou o primeiro-ministro para ressaltar que 'não haverá novas medidas de austeridade' e que quando começar a recuperação econômica, começará também a aplicar medidas de apoio.
Samaras fez estas declarações enquanto uma equipe da troika se encontra na Grécia analisando os progressos realizados até agora, dos que dependerá o pagamento dos seguintes lances de ajuda financeira.
Entre os assuntos exigidos pela troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) em sua atual missão, figuram entre outros, um plano detalhado sobre o corte de 25 mil empregos públicos este ano.
Este plano faz parte, segundo os meios de imprensa do país, dos requisitos para outorgar o seguinte lance de ajuda de 2,8 bilhões de euros.
Com um índice de desemprego de 26,4%, o Governo de Samaras buscou fórmulas para suavizar estas condições através da chamada 'reserva laboral', um esquema pelo qual os funcionários são retirados de seus postos com 60% de seu salário base e, se após um ano, não se conseguirem ser recolocados em outro organismo do Estado, são definitivamente despedidos.
O memorando assinado com a troika exige o corte de 150 mil empregos públicos até fim de 2015, dos quais 25 mil serão feitos neste ano.
Em um entrevista à publicação econômica 'Axia', Samaras negou que as conversas com a troika estejam estagnadas, como foi falado pela imprensa, e sustentou que 'há discussões sobre alguns pontos concretos. EFE