Economia

Salário mínimo tem vinculações e qualquer alteração tem impactos, diz Maia

Declaração do deputado ocorre após notícias de que governo estuda retirar da Constituição a correção do salário mínimo pela inflação

Maia: presidente da Câmara afirmou que governo deve definir sua política para o salário mínimo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Maia: presidente da Câmara afirmou que governo deve definir sua política para o salário mínimo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de setembro de 2019 às 17h06.

Última atualização em 17 de setembro de 2019 às 17h07.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 17, que o governo precisa decidir qual é a política de salário mínimo que deseja promover e ao que irá atrelá-lo para evitar as discussões sobre eventuais correções.

Como o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou na segunda-feira, a equipe econômica estuda retirar da Constituição a previsão de que o salário mínimo seja corrigido pela inflação. O congelamento poderia render uma economia entre R$ 35 bilhões e R$ 37 bilhões, segundo fontes ouvidas pela reportagem.

"Tem que ver o que vão encaminhar. Problema é que salário mínimo tem algumas vinculações e qualquer aumento do salário mínimo impacta outras despesas do governo. Precisa decidir qual é a política do salário mínimo e ao que está atrelada, porque se não vai ter sempre essa discussão se cabe ou não essa correção do salário mínimo que pode impactar outras questões", disse Maia.

O presidente da Câmara também afirmou que a questão da desoneração da folha de pagamento não é a única saída para a retomada do emprego. "O problema do emprego não está só relacionado ao custo, está relacionado à possibilidade de recuperação da demanda, de a sociedade poder voltar a consumir. Claro que o custo da folha é alto, mas só desonerar a folha não resolve", disse.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroRodrigo MaiaSalário mínimo

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos