Dólar: segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Macie, a menor taxa básica de juros, a Selic, não é um fator “determinante neste momento” para a saída de dólares no país. (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 14h32.
Brasília – As saídas de dólares do país foram maiores que as entradas em US$ 1,89 bilhão, em fevereiro deste ano, até o dia 20, informou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Em janeiro deste ano, houve saída líquida (descontada a entrada) de dólares de US$ 2,386 bilhões. O saldo negativo também foi registrado em dezembro (US$ 6,755 bilhões).
Neste mês, até o dia 20, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) registrou saldo negativo de US$ 1,086 bilhão. O fluxo comercial registrou resultado negativo de US$ 803 milhões.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a explicação para as maiores saídas de dólares está no aumento das remessas de lucros e dividendos de empresas filais no Brasil para o exterior e nos déficits comercial e da balança de serviços registrados neste início deste ano.
Maciel acrescentou que a menor taxa básica de juros, a Selic, não é um fator “determinante neste momento” para a saída de dólares no país. A rentabilidade dos investimentos fica menor com a taxa de juros baixa.