Economia

Com saída de estrangeiro, Bolsa perde 4,65% em janeiro

São Paulo - A fuga de capital externo fez com que a Bolsa de Valores de São Paulo encerrasse janeiro em queda, o que não acontecia desde junho do ano passado, quando também houve saída de recursos estrangeiros. Naquele mês, a conta ficou negativa em R$ 1,093 bilhão e fez com que o índice Bovespa […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

São Paulo - A fuga de capital externo fez com que a Bolsa de Valores de São Paulo encerrasse janeiro em queda, o que não acontecia desde junho do ano passado, quando também houve saída de recursos estrangeiros. Naquele mês, a conta ficou negativa em R$ 1,093 bilhão e fez com que o índice Bovespa recuasse 3,2%. Já a baixa acumulada do Ibovespa em janeiro de 2010 foi um pouco maior, de 4,65%, enquanto o balanço parcial indica que os estrangeiros retiraram R$ 1,985 bilhão no mês até o dia 27. Segundo operadores, os resultados dos dias 28 e 29 também foram negativos.

O desempenho visto no fechamento se mostrou muito melhor em outros momentos do dia. O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira em baixa de 0,28% a 65.401,77 pontos. Na máxima da sessão, o índice atingiu 66.576 pontos (+1,51%), mas foi diminuindo os ganhos até pisar no negativo, aos 65.140 pontos (-0,68%), acompanhando a piora em Nova York. O giro financeiro hoje totalizou R$ 6,279 bilhões, segundo dados preliminares. Os indicadores divulgados nos EUA, ao contrário de ontem, surpreenderam positivamente e até deram um gás ao movimento de compra de ações.

O clima no mercado já havia amanhecido melhor, em razão dos balanços positivos da Microsoft e Amazon.com, além da confirmação pelo Senado dos EUA de Ben Bernanke à frente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para um segundo mandato. A esse clima se somaram a primeira prévia do PIB do quarto trimestre dos EUA, que exibiu expansão de 5,7% ante projeção de 4,8%; o índice de atividade dos gerentes de compras de Chicago, que subiu para 61,5 em janeiro, melhor do que a queda para 57,2 esperada; e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, com alta para 74,4 em janeiro, acima dos 73,0 previstos.

Mesmo com os ventos a favor, os investidores se fiaram na releitura. E ela indica que os dados ainda não apagam as apreensões dos últimos dias, como a situação frágil de algumas economias desenvolvidas - Grécia e Espanha, por exemplo. Há ainda o temor de aperto monetário na China. As bolsas em Wall Street viraram e, às 18h25, o Dow Jones recuava 0,50%, o S&P caía 0,94%, e o Nasdaq perdia 1,60%.

 

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