Vista de pés de soja na cidade de Primavera do Leste no Mato Grosso: safra brasileira está ainda em fase inicial de colheita (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 16h02.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou nesta segunda-feira a sua estimativa para a safra de soja 2013/14 do Brasil para um recorde de 90 milhões de toneladas, acima da projeção da colheita norte-americana, mantida em 89,51 milhões de toneladas.
Enquanto a safra brasileira está ainda em fase inicial de colheita --sujeita a revisões--, as lavouras nos EUA já estão colhidas desde o final do ano passado.
A nova estimativa do USDA para o Brasil representa um aumento de 1 milhão de toneladas ante o número de janeiro, de 89 milhões de toneladas.
O órgão do governo norte-americano atribui a elevação a "maiores produtividades, refletindo os resultados iniciais de colheita no Centro-Oeste". O USDA, no entanto, não menciona a seca que atinge algumas áreas do Sul e Sudeste nas últimas semanas.
Na safra 2012/13 o Brasil colheu 82 milhões de toneladas de soja, contra 82,56 milhões nos EUA, segundo o USDA.
Para a Argentina, o USDA reduziu as projeções de colheita "devido a um prolongado período de tempo quente e seco até meados de janeiro".
A safra argentina é vista agora em 54 milhões de toneladas, redução de 500 mil toneladas ante a estimativa de janeiro.
O USDA também destacou, em seu relatório, que há uma previsão de menor esmagamento de soja e exportações de farelo e grão na Argentina. Também salientou uma menor importação de farelo pela União Europeia, e aumento nas exportações de soja e farelo pelo Brasil e pelos EUA.
Os estoques globais de soja devem crescer ao final da temporada devido à retenção do produto nos armazéns argentinos.
Milho
O USDA manteve sua estimativa para a safra brasileira de milho em 2013/14 a 70 milhões de toneladas, na comparação com o projetado em janeiro.
Para a Argentina, no entanto, o departamento cortou a projeção em 1 milhão de toneladas, para 24 milhões.
"Uma seca adicional em janeiro reduz o plantio esperado (para a Argentina) e reduz as perspectivas de produtividade", disse o USDA.
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